A cerimônia de cremação ocorreu às 17h de quinta, no Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo. Nascido em Natal (RN) em 1938, Konder lutou contra a ditadura militar em 1964. Em 1975, ele foi preso junto com o jornalista Vladimir Herzog, sendo o primeiro a denunciar que o colega havia sido assassinado pelos torturadores.
Como militante do Partido Comunista do Brasil (PCB), Konder teve de deixar o país durante o regime militar. No período da redemocratização, atuou em grupos de Direitos Humanos e presidiu a seção brasileira da Anistia Internacional. Na década de 1990, foi secretário municipal da Cultura dos prefeitos Paulo Maluf (1993-1996) e Celso Pitta (1997-2000).
O jornalista trabalhou nas redações das revistas "Realidade", "Singular Plural", "Visão", "IstoÉ", "Afinal", "Nova", "Playboy", "Hebraica" e "Época", além de diversos jornais, emissoras de rádio e de TV. Durante quatro anos foi editor-chefe e apresentador do Jornal da Cultura, na TV Cultura de São Paulo, e colaborador permanente de "O Estado de S. Paulo" durante dez anos.
Foi professor na Faculdade de Jornalismo da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), conselheiro da União Brasileira de Escritores e publicou diversos livros. Em 2001 ganhou o prêmio Jabuti pelo livro "Hóspede da Solidão", além dos prêmios Monteiro Lobato (1979), Vladimir Herzog (1982), Hebraica (1995), ECO (2002) e Borba Gato (1996).
G1