O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) elogiou a comunicação de seu colega de Câmara, Nikolas Ferreira (PL-MG), mas criticou o mineiro por não se engajar na busca de punições dos Estados Unidos ao Brasil.
Para o filho do ex-presidente, Nikolas é “a maior voz” do Congresso, mas tem sido “pouco ativo” no endosso a sanções contra autoridades brasileiras. Eduardo afirmou que se sente “decepcionado” e que recebe a postura do aliado com “estranheza”.
“É difícil que ele não tenha a exata dimensão do que está sendo tratado aqui nos Estados Unidos, e que isso é vital para resgatar a democracia brasileira”, disse o deputado federal de São Paulo em entrevista ao programa Oeste com Elas.
“Causa, de certa maneira, estranheza que ele tem sido pouco ativo em levar essa mensagem adiante. Não acho o Nikolas uma pessoa mal-intencionada, mas confesso que achei que teria mais respaldo. Isso não depende de uma conversa minha com ele, depende de uma ação dele”, afirmou.
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o início de 2025. Em março, o parlamentar anunciou que permaneceria no país, onde buscaria “sanções aos violadores dos direitos humanos”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e outras autoridades que se alinham ao magistrado.
Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., Eduardo Bolsonaro disse concordar com a imposição de tarifas a produtos brasileiros nos Estados Unidos, embora não tenha as solicitado ao presidente Donald Trump. “Tanto que chamo de Tarifa-Moraes”, disse o parlamentar, que atribui o anúncio de Trump a uma “crise institucional” causada por Alexandre de Moraes.
Eduardo Bolsonaro é investigado por buscar sanções contra o País nos Estados Unidos, em uma tentativa de obstruir o processo penal contra seu pai, réu por golpe de Estado. Ao determinar as medidas cautelares contra Jair Bolsonaro, Moraes avaliou que o ex-presidente tentou obstruir o processo criando “entraves econômicos” entre Brasil e Estados Unidos.