A bola já rolava do lado de dentro do estádio e uma multidão ainda tentava entrar na Arena da Amazônia. O sistema de leitura dos ingressos nas catracas falhou e o resultado foram longas filas e tumulto. O engenheiro Alisson Mesquita levou o filho para assistir a partida.
– Eu cheguei aqui 19h15 e agora que eu consegui entrar. Na entrada está um empurra empurra, meu filho é criança, chorando. O policial ainda falou "quer conforto, vai pra área VIP". O que que é isso? Palhaçada, falta de respeito – lamentou Mesquita.
A confusão foi ainda maior porque apenas as entradas da frente do estádio foram usadas. A administração afirma que estuda melhorias no acesso à arena.
– O estádio era para estar literalmente aberto hoje, todas as catracas e todos os sistemas, e não foi assim. O povo todo veio aqui pra frente e tinha as laterais a disposição entre aspas, porque houve uma certa contenção do torcedor que ia passar pelas catracas auxiliares – explicou Ariovaldo Malísia, da Fundação Vila Olímpica.
Nas arquibancadas, mais problemas: com lugares marcados e torcidas misturadas, teve gente que ficou isolada no meio dos rivais. O clima ficou hostil. O comerciante Laécio Vilar era o único corintiano entre um grupo de nacionalinos.
– Fica difícil com a pressão em cima de mim direto, mas não vou ter medo de comemorar porque aqui é fiel, até o final – comentou o torcedor.
Alguns torcedores precisavam assistir o jogo em pé. Com lugares marcados, muitos tiveram cadeiras ocupadas por outras pessoas. Revoltados e sem ter lugar para sentar, muitos torcedores foram embora ainda no primeiro tempo.
GloboEsporte