Uma rinha de galo mantida em uma chácara na zona rural de Campos de Júlio foi descoberta pela Polícia Civil durante a deflagração da Operação Rooster, na manhã desta quarta-feira (17). No local, os agentes encontraram 22 galos mantidos em baias individuais e submetidos a maus-tratos, com uso de buchas de espora, biqueiras e outros instrumentos típicos de treinamento para combate. Um dos animais era avaliado em até R$ 20 mil, segundo a polícia.
Além do crime ambiental, a chácara também escondia outro ilícito: cerca de 3 kg de maconha do tipo skunk, conhecida como supermaconha, estavam enterrados e escondidos em meio ao matagal, em pontos estratégicos da propriedade. A droga, de alto valor no mercado ilegal, era utilizada para abastecer o tráfico local e estava pronta para distribuição, segundo a investigação.
O alvo da operação era o morador da propriedade, apontado como líder de uma facção criminosa atuante em Campos de Júlio. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito era responsável pelo armazenamento, distribuição e coordenação da venda de drogas na cidade, principalmente durante o período noturno. As investigações tiveram início em 2022 e revelaram a atuação estratégica do grupo na região.
O homem foi preso em flagrante e levado à Delegacia de Polícia Civil do município, onde foi autuado por tráfico de drogas, maus-tratos a animais e associação criminosa. As apurações continuam para identificar outros envolvidos na facção e no esquema de rinhas ilegais.