Internacional

Pró-russos atacam manifestantes a favor da Ucrânia em Donetsk

 
Cerca de mil pessoas participaram da passeata pelo centro da cidade em favor da unidade da Ucrânia. Os pró-russos eram cerca de 500.Policiais que acompanhavam o cortejo tentaram impedir o ataque, aparentemente em vão.
 
De acordo com as autoridades municipais, 14 pessoas ficaram feridas, incluindo um jornalista, Evguen Chibalov, de 32 anos, ferido na cabeça.
O jornalista contou à AFP que os manifestantes se reuniram às 18h (12h no horário de Brasília) e foram atacados uma hora depois por homens munidos com paus e pedras. "Houve uma chuva de pedras", ressaltou.
 
Também nesta segunda, o prefeito da cidade de Kharkiv, Hennady Kernes, levou tiros nas costas e teve que passar por cirurgia, segundo informou o governo local. O porta-voz da prefeitura declarou à agência Interfax que Kernes foi ferido enquanto andava de bicicleta por uma rua do subúrbio da cidade. As autoridades não disseram quem pode estar por trás do atentado.
Kernes era adversário do movimento pró-ocidental que destituiu o então presidente Víktor Yanukóvich, mas desde então suavizou sua postura em relação ao novo governo em Kiev, segundo a agência Associated Press.
 
A cidade de Kharkiv fica no leste da Ucrania, onde militantes pró-Rússia ocuparam edifícios e estações policiais e realizam manifestações para exigir maior autonomia ou sua anexação à Rússia. Mas, ao contrário de Donetsk, Kharkiv não foi muito afetada pela insurgência. O edifício da administração local chegou a ser ocupado por pró-russos neste mês, mas os ocupantes liberaram o prédio.
 
Também nesta segunda, militantes mascarados portando armas ocuparam outro edifício e um posto policial em Kostyantynivka, a 160 km da fronteira russa e 35 km ao sul de Sloviansk, cidade no leste que está controlada por insurgentes há mais de três semanas, informou a AP.
 
Sanções
Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda a imposição de novas sanções contra sete cidadãos russos, integrantes do governo, e 17 companhias ligadas ao presidente russo, Vladimir Putin. As sanções são as mais recentes contra o país em meio à intervenção russa no leste da Ucrânia.Segundo a Casa Branca, os sete cidadãos afetados dois deles integrantes do círculo mais íntimo de Putin estão sujeitos ao congelamento de seus bens nos EUA e foram proibidos de entrar no país.
 
Os EUA acusam a Rússia de não ter feito nada para cumprir o acordo assinado em Genebra. Assinado em 17 de abril por Estados Unidos, União Europeia, Rússia e Ucrânia, o acordo prevê o desarmamento dos grupos ilegais e a desocupação dos prédios públicos, tanto pelos partidários de Kiev (pró-Ocidente) como pelos separatistas no leste do país.
 
A União Europeia (UE) também alcançou um acordo para incluir outros 15 nomes na lista de personalidades russas e ucranianas com proibição de visto e bens congelados no bloco pela situação na Ucrânia, anunciaram fontes diplomáticas. Os nomes não foram divulgados.
O vice-ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Riabkov, declarou que a Rússia responderá às novas sanções anunciadas.
 
G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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