Cidades

Manifestantes protestam contra experiências com animais


Para garantir a segurança no local, pelo menos cinco viaturas com dez policiais estão posicionadas na entrada da área onde fica o laboratório. Seguranças particulares também estão presentes.A maioria dos manifestantes saiu da capital paulista. Um comboio saiu do Masp, em São Paulo, por volta das 10h com destino a São Roque e se juntou a outros ativistas que vieram de outras regiões do Brasil. A assessora parlamentar Kátia Dietrich, que já participou do resgate de mais de 500 cachorros, veio de Curitiba (PR) com o marido para participar do ato. "Estamos lutando pela causa de não usarem animais como cobaias. Eles precisam de amor, casa e comida", afirma.

O deputado federal Ricardo Izar (PSD) também participa do ato.  "Queremos tornar pública a luta em favor dos animais", ressalta. Os ativistas afirmam ainda que não são contra a ciência, mas sim contra o teste em animais. Uma solução, segundo eles, seria os laboratórios utilizarem os produtos com o uso de computadores. Eles afirmam haver tecnologia para isso.Os manifestantes saíram juntos da Praça da República, em São Roque. Eles seguiram em carros, ônibus com faixas e cartazes e em um trio elétrico ameaçando: "Se o Tecam não fechar, a gente vai entrar".

Caso Royal
Essa não é a primeira vez que São Roque é alvo de manifestações a favor dos animais. No dia 18 de outubro de 2013, 178 beagles, sete coelhos e mais de 200 camundongos foram levados durante uma invasão ao Instituto Royal.O laboratório era acusado de maltratar animais durante experimentos de produtos farmacêuticos. Além de levar os cachorros, os manifestantes também destruíram arquivos de pesquisas que estavam sendo realizadas.

Em novembro do mesmo ano, o instituto fechou, segundo nota oficial, por 'perdas irreparáveis'.
Com mato alto e portões trancados, o prédio que servia de sede do laboratório em São Roque foi encontrado totalmente abandonado neste mês de abril pela reportagem do G1. A diretoria da entidade foi procurada para comentar as atividades do laboratório seis meses após a invasão, mas ninguém quis se pronunciar alegando questões de segurança.

Investigação policial
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sorocaba (SP) está responsável por cuidar de dois inquéritos que foram instaurados para apurar o caso do Instituto Royal: um sobre a invasão e o outro, em conjunto com o Ministério Público, sobre as denúncias de maus-tratos.

De acordo com o delegado da DIG, José Urban Filho, os dois inquéritos devem ser concluídos em um prazo de 60 dias. Com relação aos crimes que cada uma das pessoas identificadas que participaram da invasão vai responder, o delegado explica que cada caso será avaliado individualmente, já que as pessoas tiveram participações diferentes, mas podem ser considerados os crimes de invasão de propriedade, depredação de patrimônio privado, receptação e furto dos animais.

G1

Redação

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