Opinião

O valor da gentileza não performática

Tem coisa que a gente faz e ninguém vê. E tudo bem. Porque a verdadeira gentileza não precisa de testemunha, nem de curtida. Ela acontece quando ninguém está olhando. Quando você ajuda sem filmar. Quando cede sem querer aplauso. Quando se importa sem fazer disso um banner.

O mundo anda tão carente de gestos reais que a gente começou a aplaudir até o básico. Mas tem uma beleza gigante nas ações silenciosas. Aqueles que não pedem palco, não pedem retorno, não pedem nada. Apenas acontecem, por princípio, por caráter, por humanidade.

Tem gente que é gentil para aparecer. E tem gente que é gentil porque não sabe ser diferente. Essa segunda é rara. Mas existe. E quando cruza o nosso caminho, dá vontade de ser melhor também.

Gentileza não performática é aquela que se recusa a virar espetáculo. É o bilhete deixado em silêncio, o café preparado sem ser pedido, o “pode deixar que eu faço” que não vira dívida. É aquela ajuda que ninguém nunca soube, mas que mudou o dia de alguém. Ou a vida.

Não tem nada mais bonito do que alguém que escolhe ser bom mesmo quando ninguém repara. E, no fim das contas, é esse tipo de pessoa que constrói um mundo mais leve, não com discursos, mas com pequenos atos que somam, curam e inspiram.


@enricopierroofc

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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