O divórcio de Caoa e Hyundai se consumou após 26 anos de casamento. Mas o grupo brasileiro está perto de iniciar um novo relacionamento. Com o fim da produção de modelos da marca sul-coreana na fábrica de Anápolis (GO), a Caoa estuda fabricar novos modelos na planta onde atualmente faz os SUVs da Caoa Chery.
A nova aliança será com a Changan, com a qual a companhia brasileira negocia há tempos. Assim, a chinesa, que já atuou no Brasil de 2006 a 2016, voltará ao País. Você talvez se lembre da Chana Motors, nome usado pela Changan até 2011. A marca oferecia veículos pequenos focados no transporte de carga e passageiros.
Carros de topo
Diferentemente da primeira passagem pelo País, a Changan vai subir a régua. Em vez de modelos comerciais com motor a combustão, a empresa investirá no crescente segmento de carros eletrificados. Por isso, deve trazer novas marcas, como a Avatr, criada em parceria com a Huawei e a CATL, gigantes do setor de telecomunicações e de baterias, respectivamente.
Fotos publicadas no perfil @placaverde no Instagram, mostram o SUV elétrico Avatr 11 em testes em São Paulo. A Changan também registrou o SUV médio Avatr 07 na revista do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
A escolha da Avatr para trazer a Changan de volta ao Brasil faz muito sentido. Além de carros puramente elétricos, a marca tem modelos do tipo EREV (ou REEV), que são elétricos com motores a gasolina que servem de extensores de autonomia (daí a sigla de “Extended Range Electric Vehicle”). Trata-se da mesma tecnologia da Leapmotor, marca chinesa do Grupo Stellantis.
O Avatr 11 tem 4,88 metros de comprimento, 2,97 m de entre-eixos e autonomia superior a 1.000 km na versão com extensor a gasolina. Na elétrica com dois motores, a potência é de 586 cv, o torque chega a 66,1 mkgf e autonomia passa dos 700 km no ciclo chinês de medição CLTC.