A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurava o assassinato de Khaled Rubens Santos Teixeira, ocorrido em 3 de março de 2022, em Araputanga (MT), e indiciou três pessoas pelos crimes de organização criminosa armada, homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. A Justiça já decretou a prisão preventiva dos envolvidos, dos quais dois já foram capturados, incluindo a mulher apontada como mandante do crime.
A vítima foi vista pela última vez em um bar da cidade, na companhia da namorada e da sogra. Por volta das 23h30, ele se afastou do grupo e desapareceu. O corpo de Khaled foi encontrado dias depois, no dia 10 de março, no Rio Bugres, em avançado estado de decomposição. Laudo da necropsia apontou que ele foi morto com um tiro à queima-roupa na cabeça.
As investigações revelaram que o crime foi planejado e executado por integrantes de uma facção criminosa. Segundo a Polícia Civil, a ordem para matar Khaled partiu da chefe do grupo, e a execução foi realizada por um membro com função de “disciplina”, que aplicava punições, com o apoio de um terceiro integrante responsável pela logística.
A motivação, conforme apurado, teria sido o descontentamento da facção com o fato de Khaled comercializar drogas e ostentar armas que não pertenciam ao grupo. Para dificultar a apuração, os envolvidos ocultaram o corpo e tentaram eliminar provas, o que aumentou a complexidade das investigações.
Com base nas provas reunidas, o Ministério Público ofereceu denúncia e o Judiciário acatou o pedido de prisão preventiva dos três indiciados. Eles irão responder por quatro crimes graves, cujas penas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão.
O delegado Fabrício Garcia Henriques destacou a importância da conclusão do caso. “A identificação e responsabilização da líder e dos executores mostra a força da Polícia Civil no combate às facções. Nosso trabalho não se limita a prender, mas garantir condenações com provas sólidas. Nenhum crime ficará impune”, afirmou.
