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Etno Expo amplia circuito de etnoturismo em MT e fortalece cultura; 32 aldeias em 5 cidades estão no roteiro

A Etno Expo 2025 reuniu mais de 400 pessoas na Aldeia Wazare, em Campo Novo do Parecis, com o objetivo de fortalecer o etnoturismo como ferramenta de inclusão social, preservação cultural e desenvolvimento econômico em Mato Grosso. Realizado pelo Sebrae/MT em parceria com o projeto Destino Parecis, o evento contou com apresentações culturais, exposições de artesanato, gastronomia indígena e painéis de empreendedorismo voltados às comunidades originárias.

Durante o encontro, o diretor técnico do Sebrae-MT, André Schelini, anunciou a expansão da rota do etnoturismo, que agora abrangerá 32 aldeias de cinco municípios: Campo Novo do Parecis, Sapezal, Tangará da Serra, Brasnorte e Barra do Bugres. Schelini destacou o potencial da atividade para gerar renda e empregos, promovendo um turismo sustentável aliado à valorização da diversidade cultural e da biodiversidade local. O ticket médio por turista nas aldeias saltou de US$ 8 para US$ 100 em três anos, refletindo o avanço do setor.

Mais de 200 famílias já vivem diretamente do turismo nas comunidades indígenas, atuando em áreas como gastronomia, hospedagem e comunicação digital. Para o cacique Rony Paresi, a parceria entre lideranças indígenas, Sebrae e prefeituras tem fortalecido a segurança e a qualidade de vida nas aldeias. “Estamos conectados com o mundo global, sem perder nossa identidade. O turismo é uma ponte entre os nossos saberes e a sociedade”, afirmou.

Segundo Wlademir Alves da Silva, gerente regional do Sebrae, o órgão tem investido na roteirização dos destinos e capacitação dos povos indígenas para transformar Mato Grosso na maior rota de etnoturismo do país. A iniciativa segue a Instrução Normativa 03/2015, que orienta práticas sustentáveis e respeitosas nos territórios tradicionais.

A experiência encantou visitantes como Juliana Camargo, que elogiou a oportunidade de conhecer mais de perto os costumes e o artesanato indígena. Já o vereador de Sapezal, Antônio Rodrigues, defendeu a difusão da cultura originária para além das fronteiras locais. “A riqueza dos nossos povos precisa chegar aos grandes centros urbanos, que muitas vezes desconhecem a profundidade e a beleza dessas tradições”, disse.

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