O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Mato Grosso (CIRA-MT) deflagrou nesta sexta-feira (27) a segunda fase da Operação Falsus Granum, que mira uma organização criminosa especializada em falsidade ideológica, falsificação de documentos e sonegação fiscal. A ação cumpre mandados judiciais nas cidades de Cuiabá, Primavera do Leste e em municípios do Estado de Santa Catarina.
Ao todo, foram expedidos quatro mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão, autorizados pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá. As investigações apontam que o grupo criminoso criou um sofisticado esquema de fraudes fiscais por meio da constituição de empresas fantasmas, registradas em nome de “laranjas”, com o objetivo de burlar a fiscalização tributária e evitar o pagamento de impostos.
Desde o início da apuração, foram identificadas 62 empresas com indícios de serem de fachada. As ações fraudulentas resultaram em cerca de R$ 270 milhões lançados em créditos tributários e multas, valor que representa o impacto direto aos cofres públicos devido à sonegação sistemática promovida pela organização.
O CIRA-MT é composto por representantes do Ministério Público de Mato Grosso, por meio da 14ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Tributária, Polícia Judiciária Civil (Defaz), Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Controladoria-Geral do Estado (CGE), atuando em conjunto no combate a crimes contra a ordem tributária.
A operação reforça o compromisso das instituições de Mato Grosso no enfrentamento às fraudes fiscais de grande escala, que comprometem a arrecadação e prejudicam a capacidade de investimento público. Novas fases da investigação não estão descartadas, conforme o avanço das diligências.