Esportes

Estudo afasta solo como razão de acidente com guindaste em estádio

 
 
A Odebrech diz não ter tido acesso a um laudo da Universidade Federal Fluminense que trata do acidente.  "O laudo da federal do Rio apareceu na mídia, mas nós não tivemos conhecimento. Fica muito dificil a gente comentar porque não temos como avaliar.
 
Segundo a Odebrecht, o estudo feito a pedido da empreiteira leva em consideração o mesmo conjunto de ensaios utilizado pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).  "Com esse conjunto de dados e investigações nós podemos ter a convicação de que o terreno não foi a causa do acidente", disse o representante jurídico da empresa, Marcelo do Lago Luiz.
 
O laudo deverá ser anexado nos próximos dias ao processo de investigação sobre o acidente, conduzido pela Polícia Civil e pelo Ministério do Trabalho. A Odebrecht afirma que o que compete à empresa é  mostrar que o solo não foi a causa do acidente. "Seria interessante fazerem um trabalho do nível que foi feito aqui mostrando como foi a operação, como o guindaste se comportou", afirmou Luiz. 
 
Dois funcionários terceirizados o motorista Fábio Luiz Pereira, de 41 anos, e o montador Ronaldo Oliveira dos Santos, de 43 morreram no dia 27 de novembro de 2013, após a queda de um guindaste que içava o último módulo da cobertura metálica do estádio. O acidente provocou o tombamento de uma peça de 420 toneladas sobre parte da área de circulação do prédio leste e atingiu parcialmente a fachada da arena. A Obrecht diz ter indenizado as famílias dos operários, mas não revela os valores dos acordos.
 
A empreiteira lamentou que a caixa-preta do guindaste não tenha gravado os dados da operação no momento do acidente. "Menos de uma semana depois do acidente, vieram três técnicos da Alemanha, do fabricante do equipamento, para retirar a caixa-preta do equipamento para decodificar os dados que sem dúvida contribuiriam para entender melhor como se deu o acidente. Passados dois meses, eles informaram que os dados não haviam sido gravados", disse  Luiz.
 
Segundo ele, desde que aconteceu o acidente, três possíveis causas foram aventadas: um possível erro de operação, um eventual problema no equipamento ou um problema no solo. "A Odebrecht se dedicou a este estudo cuja conclusão é que não houve problema no solo. O solo não foi a causa do acidente", afirmou.
 
Por causa da paralisação das obras para investigações e retirada do guindaste, houve atrasos no cronograma. A construtora Odebrecht entregou oficialmente o estádio ao clube paulista nesta terça-feira (15).
 
Segundo a empresa, a arena erguida em Itaquera está pronta, mas ainda falta instalar as arquibancadas provisórias, que acrescentarão cerca de 20 mil lugares destinados a seis jogos da Copa do Mundo, incluindo a abertura entre Brasil e Croácia, no dia 12 de junho.
 
Jogos da Copa
Além da abertura da Copa, a Arena Corinthians vai abrigar outros três jogos da primeira fase: Uruguai x Inglaterra (no dia 19 de junho), Holanda x Chile (23 de junho) e Coreia do Sul x Bélgica (26 de junho). Pelas oitavas de final, será sede da partida entre o vencedor do grupo F e o segundo colocado do grupo E, no dia 1° de julho.
 
A última disputa da Copa no estádio de São Paulo  ocorrerá nas semifinais, no dia 8 de julho, entre quem ganhar o jogo 59 e o vencedor do jogo 60.
 
G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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