De acordo com o fotógrafo Mateus Medeiros, que registrou as imagens, havia tanta espuma que em alguns pontos era até difícil ver a água do rio. "A espuma estava muito alta, era um volume muito grande, nunca tinha visto tanto assim", relatou o profissional ao G1.
Ainda segundo ele, a espuma não provocava cheiro diferente, só chamava a atenção visualmente. Por volta das 10h30, não era mais possível ver o material no rio.
Segundo a medição do sistema de telemetria do Comitê das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), a profundidade do Rio Piracicaba na hora em que as fotos foram tiradas era de 1,94 metro e a vazão era de 104,86 mil litros de água por segundo.
Cetesb
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou, por meio de assessoria de imprensa, que a incidência de espuma no rio é "um fenômeno decorrente da longa estiagem que o Estado enfrenta nos últimos meses, e que acarreta uma diminuição da vazão do Rio Piracicaba". A companhia afirmou também que, com esse cenário, há maior concentração de esgoto no manancial, o que também contribui para a formação da espuma.
Em nota, a Cetesb afirmou ainda que vai apurar junto aos técnicos da Agência Ambiental de Piracicaba se existe outra causa para o problema, como, por exemplo, o lançamento de efluentes industriais, o que é pouco provável, segundo a companhia.
G1