Outras dezessete pessoas ficaram feridas e foram levadas para três hospitais da região. O acidente ocorreu no km 395 da rodovia, no município de Itaguaí, na Baixada Fluminense.
No início da manhã desta segunda-feira, o congestionamento no local chegava a quase 10 km, segundo a PRF. Havia reflexos também para os motoristas que seguiam em direção à Avenida Brasil. A pista sentido Angra dos Reis estava parcialmente interditada para possibilitar o socorro às vítimas.
Ainda de acordo com a PRF, o ônibus era fretado pela Viação Breda e transportava prestadores de serviço da Nuclep, empresa de equipamentos pesados da estatal Nuclebrás (Empresas Nucleares Brasileiras S.A.).
No entanto, a Nuclep informou, por meio de nota, que o ônibus não possuía funcionários da empresa. Ainda segundo o Nuclep, trata-se de um veículo fretado pela Empresa Brasileira de Engenharia S.A (EBE), do Grupo MPE.
Feridos graves
O enfermeiro do Corpo de Bombeiros, Alexandre Campello, contou que chegou ao local do acidente depois que todas as vítimas já haviam sido resgatadas. "Parece que o ônibus levou uma fechada e foi para a grama, no acostamento, e capotou. Cinco pessoas vieram a óbito no local", disse.
No Hospital Estadual Pedro II, em Santa Cruz, foram socorridas seis vítimas. Segundo o enfermeiro do Corpo de Bombeiros, elas chegaram à unidade com quadro clínico considerado grave. A sexta vítima chegou sozinha ao hospital.
Segundo a assessoria de imprensa do centro hospitalar, os feridos são: Jorge Luiz Gonçalves Costa, Carlos Alberto Guedes Coutinho, José Ricardo Gonçalves da Costa, Leonardo Oliveira de Souza, Paulo Sérgio Câmara Oliveira e Fabiano Poubel Souza. Ainda segundo a assessoria, cinco vítimas têm quadro clínico estável, sem risco de morte, e seguem em observação no setor de neurocirurgia. A sexta vítima, que foi à unidade por conta própria, também tem quadro estável e segue em observação no setor de clínica médica.
Vítimas da mesma família
Ao menos quatro vítimas do acidente eram da mesma família. Duas morreram no local e outras duas foram levadas para o hospital com ferimentos. Parentes se mostravam desesperados com a tragédia familiar. Na porta do Hospital Pedro II, Leda Poubel, 53 anos, chorava a morte do filho Anderson Poubel. "Eu perdi meu único filho", lamentava.
Leda amparava a nora, Tatiana Alves, que chegou a desmaiar, chocada com a morte do marido, e precisou ser atendida na unidade. Além do filho, Leda perdeu um cunhado e aguardava ansiosa informações sobre o estado de saúde do marido, que foi socorrido no hospital São Francisco, em Itaguaí, e de outro cunhado, que foi internado no Pedro II.
G1