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Apple considera aumentar os valores do iPhone independentemente das tarifas de Trump

De acordo com informações divulgadas pelo The Wall Street Journal, a Apple está considerando aumentar o valor dos iPhones ainda neste ano. A reportagem diz que as mudanças não teriam relação com as imposições tarifárias de Donald Trump, mas sim para acompanhar novidades de tecnologia e design nos aparelhos, que incluem modelos ultrafinos.

Apesar de a China e os EUA terem voltado atrás em relação a guerra comercial tarifária, a taxa inicial de 20% para produtos chineses nos EUA ainda está em vigor, e abrange a produção dos smartphones.

Desde o início do conflito comercial entre os dois países, Tim Cook, CEO da Apple, enfrenta pressão sobre as decisões de Donald Trump, já que as tarifas prejudicam a produção dos aparelhos da empresa, que ainda dependem muito da China. Nesse sentido, Cook acumulou estoques antes mesmo do tarifaço, e transferiu parte da fabricação da empresa para a Índia.

No entanto, os modelos de iPhone mais caros – e mais lucrativos -, como os da linha Pro e Max, continuam sendo fabricados na China. Mesmo que os aparelhos possam ser fabricados na Índia, a infraestrutura das fábricas no país ainda não são capazes de suportar a produção em grande escala, como a China faz.

De acordo com dados do banco de investimentos americano, Jefferies, dos 65 milhões de iPhones que a Apple vendeu nos EUA em 2024, cerca de 36 a 39 milhões eram modelos Pro ou Pro Max.

Assim, a empresa teria dificuldade de equilibrar os custos das tarifas da China apenas buscando minimizar os custos de seus fornecedores. Então, caso não aumentasse o valor de seus produtos, sofreria um impacto em seu próprio lucro.

O CEO da Apple espera que as atuais políticas tarifárias resultem em US$ 900 milhões em custos adicionais neste trimestre.

A Índia foi responsável por cerca de 13% a 14% das remessas globais de iPhone em 2024. É esperado que esse número dobre ainda este ano. De acordo com especialistas, os números do ano passado não seriam suficientes para suprir a demanda dos EUA e da China no atual cenário. Entretanto, a China continua sendo um essencial fornecedor para a empresa.

*Mariana Cury é estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani

Estadão Conteudo

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