O rendimento mensal real domiciliar per capita no Brasil chegou, no ano passado, ao maior valor da série histórica iniciada em 2012: R$ 2.020. A alta foi de 16,8% acima da inflação em relação a 2022, quando era de R$ 1.730 a preços de hoje. Todas as unidades da Federação tiveram incremento real no período 2022-2024, e em 19 delas houve recorde.
As informações são do módulo anual PNAD Contínua: Rendimento de Todas as Fontes.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso foi uma das UFs que alcançaram recorde histórico em 2024. No estado da região Centro-Oeste, o rendimento mensal real domiciliar per capita chegou, no ano passado, a R$ 2.235, alta de 26,5% em relação a 2022, quando era de R$ 1.767 a preços de hoje.
Outros indicadores alcançaram seus maiores valores reais desde 2012 em nível nacional. Isso porque o rendimento habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 3.225) é o mais alto da série histórica, assim como o rendimento de programas sociais do governo (R$ 836).
A desigualdade de renda, medida pelo Índice Gini (0,506), também atingiu o nível mais baixo da série histórica na renda real domiciliar per capita, em expressiva redução comparada com 2023 (0,518) e ainda mais com o período pré-pandemia, em 2019 (0,544).
Também recorde, a população no Brasil com algum tipo de rendimento em 2024 chegou a 143,4 milhões. Já a população que recebe benefícios provenientes de programas sociais do governo cresceu de 18,6 milhões em 2023 para 20,1 milhões em 2024.