O policial militar Heron Teixeira Pena Vieira e o montador de móveis Alex Roberto de Queiroz Silva, que atuava como caseiro do agente de segurança, foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) por envolvimento na execução do advogado Renato Gomes Nery. O crime ocorrido em julho de 2024, em Cuiabá, teria sido motivado por uma disputa de terras e interesses financeiros.
Heron e Alex foram denunciados por homicídio qualificado — com as agravantes de promessa de recompensa, perigo comum, dificuldade de defesa da vítima e idade avançada da vítima —, além de fraude processual (por tentativas de ocultar provas e dificultar as investigações) e organização criminosa. O PM também foi acusado de abuso de autoridade, por uso indevido do poder.
De acordo com a denúncia feita pelas promotorias de Justiça que compõem o Núcleo de Defesa da Vida, o assassinato se deu em frente ao escritório da vítima, na avenida Fernando Correa, em Cuiabá. Alex, sob a coordenação de Heron, efetuou os disparos contra Renato Nery utilizando uma pistola Glock adaptada para tiros em rajada.
As investigações apontam que a dupla planejou o assassinato do advogado, monitorando sua rotina antes da execução. O homicídio foi cometido em via pública, colocando em risco a integridade de outras pessoas. Após o crime, Alex teria queimado objetos utilizados na ação e trocado de celular diversas vezes. Ambos também tentaram esconder a motocicleta usada na fuga.
Crime encomendado
Os empresários Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos foram presos acusados de serem os mandantes do assassinato. A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), já indiciou o casal, residente em Primavera do Leste (240 km da capital), por homicídio qualificado. Ao todo, 10 pessoas já foram detidas no caso.