Cinco integrantes de uma facção foram condenados a quase 85 anos de prisão pelo assassinato do adolescente Rean Kalel Vilasboas Andrade. O jovem, de 17 anos, foi torturado e executado a mando do grupo criminoso em meio a uma disputa entre o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC) pelo monopólio das atividades criminosas na cidade de Cáceres (220 km de Cuiabá).
A sessão de julgamento ocorreu em 5 de maio.
Amilton Alexandre Alves da Silva foi condenado a 15 anos e seis meses de reclusão, Ângelo Suquere Nogueira condenado a 18 anos e seis meses e Norivaldo Cebalho Teixeira recebeu a pena de 32 anos, um mês e 10 dias de reclusão. Os três iniciarão o cumprimento em regime fechado e não poderão recorrer da sentença em liberdade.
Já Laryssa Brumati da Silva também foi condenada pelo homicídio triplamente qualificado a 18 anos de reclusão em regime inicial fechado, mas poderá recorrer em liberdade. Por fim, Evylin da Silva Peres foi condenada a seis meses de detenção em regime inicial aberto por fraude processual.
Outros cinco réus respondem pelos crimes em outros processos, que foram desmembrados.
Conforme a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o crime ocorreu em março de 2022. Rean foi assassinado por motivo torpe com emprego de fogo, tortura e meio cruel, causando queimaduras em 80% do corpo da vítima, além de politraumatismo.
A vítima foi atraída mediante dissimulação, levada sob o pretexto de um falso interesse afetivo para um suposto encontro amoroso, tendo sua possibilidade de defesa reduzida por estar amordaçada e com os pés e mãos amarrados.