O Dnit chegou a anunciar como uma importante peculiaridade do empreendimento o fato de o trecho da serra, que tem nove quilômetros de extensão, ter recebido pavimento em concreto, o que seria para melhor atender ao tráfego intenso de cargas, que geralmente ocorre em baixa velocidade. “O pavimento rígido garante mais tempo de vida útil à rodovia”, proclamou o Dnit.
No entanto, a enorme fenda que se abriu na pista revela que não houve a devida preparação do barranco para o recebimento da obra, que não está totalmente concluída conforme o previsto.
Até agora está pronta a nova pista com duas faixas de rolamento com 3,6 metros de largura e acostamento de 3 metros. A pista antiga foi restaurada e alargada. Porém, a empreiteira contratada pelo Dnit ainda não concluiu a construção de três viadutos.
As obras estão em ritmo lento na travessia urbana de Rosário Oeste (entroncamento com a rodovia MT-010); outro no acesso ao município de Nobres (encontro com a MT-241) e o terceiro na localidade do Posto Gil (entroncamento com a BR-364, em direção a Diamantino).
O governador Silval Barbosa chegou a levar a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para vistoriar o andamento das obras de duplicação da BR-163 na altura da Serra da Caixa Furada. Na oportunidade, também visitaram o canteiro de obras da empresa Sanches Tripoloni, responsável pelos trabalhos, e conversou com o engenheiro responsável, Thiago Fernando Rocha.
“O trecho da serra é feito em concreto, o que garante uma maior resistência ao piso”, comentou a ministra, que inclusive chegou a destacar o pioneirismo no uso de coberturas infláveis para proteger as obras das chuvas. "Essa é uma demanda antiga da construção civil. Como fazer obras durante o período de chuvas. Este é um primeiro teste e acredito que vai levar a uma melhora na construção de rodovias no Brasil", disse Miriam Belchior, o que, no entanto, não impediu a rachadura na pista de concreto.
Um dos viadutos construídos pelo Dnit na região de Nobres está pronto há bom tempo, mas ainda não foi liberado porque houve erro de cálculo do peso que trafegaria pelo local e dos pilares necessários para suportar a carga, e agora a empresa contratada está fazendo enchimentos para deixá-los mais largos, como mostra esta foto enviada ao Circuito Mato Grosso por um leitor.