Cidades

Cidades de Mato Grosso perdem por falta de logística

 
Por todos os lugares que a equipe do Estradeiro  passou os problemas se repetiram. Lugares em grande potencial de crescimento vendo suas possibilidades de desenvolvimento impedidas pela dificuldades logísticas.
 
O percurso teve início em Tangará da Serra e passou por 13 cidades nos estados de Rondônia e Mato Grosso. Os municípios visitados foram Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis , Conquista D’Oeste, Campos de Júlio, Comodoro, Vilhena (RO), Juína, Juruena, Cotriguaçu, Nova Monte Verde, Nova Bandeirantes, Juara e Brasnorte.
 
De todas as rodovias estaduais, apenas trechos da MT-208, MT-170 e MT-417 estão incluídos no programa de pavimentação do MT Integrado, do governo de Mato Grosso.
 
Cecílio Rosa Neto, prefeito de Juruena, lamenta o isolamento de sua cidade e o elevado preço de bens de consumo. “Nós apanhamos duas vezes: na hora de comprar caro, por causa do frete, e vender barato nossa produção madeireira, bovina e leiteira, também por conta do frete. É desmotivador”, desabafou.
 
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou no ano passado o estudo de aptidão para novas áreas agrícolas em Mato Grosso. No levantamento realizado, a região que compreende os municípios de Juara, Nova Monte Verde e Nova Bandeirantes está entre as mais propícias para esta prática.
 
O analista de geoprocessamento e logística do Imea,  Tiago Assis, que participou do Estradeiro, destacou que a falta de estradas inviabiliza a expansão da agricultura. “A região só é ocupada por pecuária por não ter uma boa estrutura logística. A pastagem daquela região tem grande potencial para conversão para lavoura“, afirmou.
 
Motoristas “fogem” da MT-358
 
Foto: DivulgaçãoAs péssimas condições de trafegabilidade da rodovia MT-358, que liga Tangará da Serra a Campos de Júlio, impactam diretamente na vida dos moradores da região. Produtores reclamam que motoristas estão recusando frete para evitar passar por este trecho. Os atoleiros que persistem há anos foram intensificados com as fortes chuvas dos últimos dias.
 
A estrada é considerada uma das mais importantes da região oeste de Mato Grosso. Por ela passam centenas de veículos e caminhões. As condições foram conferidas in loco pelos integrantes do Estradeiro da BR-174, realizado pela Aprosoja e Movimento Pró-Logística.
 
Para a produtora rural e delegada coordenadora do núcleo da Aprosoja em Tangará da Serra,  Eloiza Zuconelli, a situação da rodovia estadual é reflexo do descaso. “A falta de manutenção é um acúmulo e repetição de erros”.
 
A região, conhecida como Chapadão do Rio Verde, é uma das maiores produtoras de grãos do oeste mato-grossense. Os problemas são proporcionais à grandiosidade. A 120 quilômetros de Tangará da Serra, essa área de 66 mil hectares produz aproximadamente 22.500 toneladas de soja. São necessárias aproximadamente 6.500 carretas para levar os grãos para Rondonópolis. 
 
 

Redação

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