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Santos perde com ‘escalação’ de Neymar para o Bragantino, é vaiado e dorme no fundo da tabela

A “escalação” de Neymar não deu certo no Santos. Em jogo no qual imaginava-se uma boa apresentação na Vila Belmiro e a fuga da zona de queda, uma derrota merecida por 2 a 1 para o Red Bull Bragantino deixou a equipe “sugerida” pelo camisa 10 – estava nas tribunas – afundada na penúltima colocação com somente quatro pontos em seis rodadas. A torcida vaiou muito a equipe após novo revés e fez duras cobranças à diretoria, que não consegue contratar um substituto para Pedro Caixinha, demitido.

“Vergonha, vergonha, time sem vergonha”, cantaram os santistas nos minutos finais. Muitos torcedores que estavam nas arquibancadas centrais se viraram contra o campo para cobrar os dirigentes nas tribunas.

Em um jogo com enorme carência criativa do lado santista e diversos erros, a quarta derrota em seis aparições foi decretada em contragolpes surgidos após falhas bisonhas dos donos da casa. Eduardo Sasha e Laquintana anotaram para o terceiro colocado do Brasileirão. Não fosse Gabriel Brazão, e o prejuízo seria ainda maior. O goleiro fez defesas gigantes na primeira etapa.

O Santos entrou em campo pressionado a vencer para deixar a zona de rebaixamento. Com a “escalação” de Neymar – Gabriel Bontempo virou desfalque de última hora depois dores musculares -, presença ilustre nas tribunas a Vila Belmiro, contudo, o time começou sofrendo para trocar passes, surpreendido pelo começo dos visitantes.

Vindo de três vitórias seguidas pelo placar mínimo e construídas no começo dos jogos, o Red Bull Bragantino tentou repetir a estratégia e, bastou o arbitro apitar o início na Vila Belmiro, para partir ao ataque, surpreendendo quem queria ser “o dono” das ações.

Carente de um camisa 10 – função exercida por Neymar ou pelo também contundido Soteldo -, o Santos pecava na armação. Se, com Diego Pituca e João Schmidt a defesa estava bem protegida, a armação carecia de qualidade. Bontempo, com mais liberdade, seria a aposta para municiar os atacantes. O jovem, porém, sentiu um problema clínico no treino de sexta-feira e acabou se tornando baixa importante de última hora.

Não achando caminhos na técnica, o Santos resolveu investir nas bolas aéreas. E deu sustos com Zé Ivaldo e Tiquinho Soares. Mas, rapidamente, se viu envolvido diante de um adversário atrevido e bem mais armado.

Como já virou rotina, Gabriel Brazão precisou trabalhar com excelência para salvar o Santos de sair em desvantagem. Em um mesmo lance, segurou a batida cruzada de Eduardo Sasha e depois esticou a perna para evitar gol de Lucas Barbosa, ex-Santos. Agradeceu aos céus pelas defesas e logo cobrou melhor colocação da defesa.

Diego Pituca deixou o campo para conversar com o técnico César Sampaio em busca de alternativas e ajustes. O Santos não conseguia atacar e passava sustos atrás. De nada adiantou o papo. Quem novamente brilhou foi Brazão, salvando com as pernas o desvio de letra de Eduardo Sasha na pequena área. O goleiro gritou muito com o time após o lance. Os berros, por sinal, vinham de todos os lados do time da casa, pois nada dava certo.

O intervalo chegou com algumas vaias da torcida, mais uma vez insatisfeita com o (fraco) desempenho do Santos, até então somente com um triunfo na competição – fez 2 a 0 no Atlético-MG. O vestiário prometia ser quente após etapa sem graça.

Sampaio optou pela manutenção do time e pagou caro. O Bragantino voltou ainda com mais ímpeto e logo de cara Lucas Barbosa perdeu chance clara. A torcida santista novamente começou a se irritar com o futebol pobre em campo e ainda viu uma falha acabar em desvantagem no placar.

Aos 17 minutos, Luisão saiu jogando errado, chutando em cima de Vinicinho, que avançou e tocou para Eduardo Sasha mandar colocado no ângulo. A paciência das arquibancadas acabou de vez para algumas peças, casos de Luisão, Diego Pituca, Gabriel Verón e, principalmente, Guilherme, bastante vaiado toda vez que pegava na bola.

Sampaio começou a trocar os “vaiados” por meninos para tentar ganhar o apoio da torcida. Mas o Bragantino estava bem armado em campo. Aos 37 minutos, Fabinho roubou bola no meio e deu lindo passe para Laquintana avançar e encaminhar o triunfo. Deivid Washington ainda descontou nos acréscimos, mas já era tarde.

FICHA TÉCNICA

SANTOS 1 X 2 RED BULL BRAGANTINO

SANTOS – Gabriel Brazão; Luisão (Aderlan), Gil, Zé Ivaldo e Escobar; João Schmidt, Diego Pituca (Hyan) e Rollheiser (Luca Meirelles); Gabriel Verón (Deivid Washington), Guilherme (Mateus Xavier) e Tiquinho Soares. Técnico: César Sampaio.

RED BULL BRAGANTINO – Cleiton; Andrés Hurtado (Laquintana), Pedro Henrique, Guzmán Rodríguez e Juninho Capixaba; Gabriel (Fabinho), Erick Ramires )Matheus Fernandes), Jhon Jhon e Lucas Barbosa; Vinicinho e Eduardo Sasha (Isidro Pitta). Técnico: Fernando Seabra.

GOLS – Eduardo Sasha, aos 17, Laquintana, aos 37, e Deivid Washington, aos 49 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Diego Pituca e Rollheiser (Santos); Andrés Hurtado, Guzmán Rodríguez, Vinicinho e Eduardo Sasha (Red Bull Bragantino).

ÁRBITRO – Raphael Claus (SP).

RENDA – R$ 348.835,00.

PÚBLICO – 7679 presentes.

LOCAL – Vila Belmiro, em Santos.

Estadão Conteudo

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