Galvin está incluído na lista de sexual offender da Florida, por ter apresentado comportamentos inadequados, sem ter necessariamente consumado um estupro, em 1996. De acordo com o Itamaraty, a menina não deve ficar de imediato sob os cuidados do pai, mas sob guarda do estado da Florida. Uma nova audiência deve decidir qual será o destino de Amy.
Na terça-feira (1º), a mãe e uma irmã de Karla, Kátia e Tatiana, estiveram com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para pedir ajuda do estado. De acordo com familiares de Karla, o governador ligou para o embaixador do Brasil nos EUA, Mauro Vieira, durante a reunião. Procurado pela reportagem, o Governo do Estado não deu retorno sobre a audiência.
Segundo familiares, Karla precisa de ajuda para pagar um advogado. Na Flórida existe um mandado de prisão contra ela, por ter saído do estado com a menina sem a autorização do pai.
A família de Karla mantém uma página no Facebook, onde foi publicado nesta quarta (2): "'Levaram minha filha'. Essa frase de Karla Janine (de partir o coração) resume o drama que ela tem passado desde que a pequena Amy Katrin nasceu. A audiência durou cerca de três horas e, infelizmente, como já esperávamos, uma representante da justiça da Flórida levou a nossa pequena. #welovekarlamy". Também na rede social, a família solicita a assinatura de uma petição online para ajudar a situação da brasileira, que já conta com mais de 14,6 mil
assinaturas.
Entenda o caso
A pernambucana acusa o ex-marido norte-americano de ter cometido crime sexual contra a filha deles. No entanto, sem comunicar à Justiça, ela mudou-se da Flórida para o Texas com a menina, impedindo que o pai a visitasse, como havia determinado o Poder Judiciário. Por não cumprir a decisão, Karla acabou detida em 16 de janeiro. Desde então, a menina estava sob os cuidados de uma família, cadastrada junto ao Department of Children and Families (DCF), espécie de conselho tutelar do País.
Como a pernambucana havia sido detida no Texas, mas a ordem de prisão foi expedida pela Corte da Flórida, as autoridades consulares decidiram solicitar à Justiça a transferência do processo-crime para o Texas. Ao analisar o pedido, o Juízo da Flórida limitou os efeitos da prisão, concedendo que ela respondesse em liberdade.
Segundo a Delegacia da Flórida, o pai da criança foi condenado por um crime em 1996, mas não chegou a ser preso passou cinco anos em liberdade condicional e atualmente não cumpre nenhum tipo de pena, mas segue sendo investigado. Ele foi incluído na lista de sexual offender por ter apresentado comportamentos inadequados, sem ter necessariamente consumado um estupro.
G1