Antes de sair, o pequeno grupo fez muito barulho, gritando palavras de ordem e cantando, amparados por uma caixa de som com microfone, e produziu cartazes e faixas para a caminhada, vigiados por uma dezena de policiais e agentes de trânsito e alguns curiosos. A expectativa de mais de 2.000 pessoas teria sido sabotada de acordo um dos coordenadores do movimento Vem pra Rua Caiubi Khun.
“Temos uma frase de ordem que usamos no movimento estudantil que é ‘na chuva ou no frio vamos pra luta’ e é isso que estamos fazendo aqui”. O líder estudantil ainda defendeu que o sucesso da manifestação não depende apenas do número de pessoas, “não adianta manifestar apenas uma vez com cinquenta mil pessoas como foi no ano passado, precisamos fazer muitas vezes, seja com um, dez ou cem pessoas, apresentarmos a pauta que vão ocasionar a mudança social e hoje precisamos de mudanças em todas as instancias”, ponderou um dos coordenadores do movimento Vem pra Rua Caiubi Khun.
Ditadura
Outro coordenador do movimento Vem pra Rua Abílio Brunini, achou uma grata surpresa à decisão de manifestantes contra a Ditadura, que completou 40 anos essa semana.
“Decidiram fazer o movimento nesse horário e acabaram somando a nossa manifestação”, destacou Abílio Brunini. O grupo fez uma “cortina” com imagens de repressão dos “anos de chumbo” e entoou canções daquela época.
“As pessoas precisam fazer uma reflexão do golpe militar e de sua herança na nossa sociedade. Na nossa relação com o poder instituído, oferece consequências até hoje para a população, como a repressão e a tentativa de criminalização da de manifestações”, disse Andreza Morais que é professora de literatura na Zelia Costa de Almeida