Cinco casos foram registrados em Porto Alegre, onde as meninas tiveram mal estar, dores musculares e de cabeça, além de náuseas. Elas foram atendidas e não houve necessidade de internação. Uma paciente de 11 anos de Veranópolis, na Serra gaúcha, teve convulsões. Após o atendimento, ela segue em acompanhamento neurológico e passa bem.
As duas cidades não souberam informar quantas vacinas do lote recolhido foram aplicadas, mas continuam usando outros recebidos para fazer a imunização. Já a Prefeitura de Pelotas, no Sul, precisou suspender a campanha na cidade até que novas doses sejam entregues. Nenhuma menina passou mal na região. O Ministério da Saúde disse que não foi procurado pela Secretaria da Saúde do RS.
Para o governo do estado, é importante que os pais levem as filhas para tomar a vacina, já que o vírus HPV é uma das principais causas do câncer do colo de útero, um dos tipos de maior incidência entre as mulheres. A secretaria considera a cobertura no RS uma das melhores do país.
Conforme a Secretaria da Saúde, as possíveis reações adversas ocorrem nos primeiros 30 minutos após a aplicação da dose. Dessa forma, a orientação da pasta é que a paciente permaneça com a equipe e aguarde esse período para certificar-se que não haverá problemas. Se após esse tempo ocorrer alguma reação, a indicação é procurar atendimento médico. O G1 procurou a Anvisa e até as 13h aguardava retorno.
O total de doses da vacina recebido pelo estado é maior do que o necessário para imunizar as 258 mil meninas entre 11 e 13 anos que moram no Rio Grande do Sul. A meta da campanha é atingir 80% dessa população, ou seja, 206 mil adolescentes. Até a noite de quinta-feira (27), mais de 116 mil meninas entre 11 e 13 anos foram vacinadas contra o HPV no estado.
A vacina é oferecida em três doses diretamente em todas as escolas, públicas ou particulares. A primeira delas ocorre durante a campanha. A segunda dose acontece daqui a seis meses e a terceira, como um reforço, cinco anos depois.
Para receber a imunização, basta apresentar o cartão de vacinação, caderneta do adolescente ou documento de identificação. Caso os pais ou responsáveis não concordem com a vacinação da adolescente, eles devem assinar o "Termo de Recusa de Vacinação contra HPV", distribuído pelas escolas antes da vacinação.
G1