As gêmeas Ana e Sofia Schneidereidt Castro nasceram saudáveis, com 2,32 kg e 2,46 kg, respectivamente. Elas são fruto de uma fertilização in vitro com o sêmen de Daniel e o óvulo de uma doadora ucraniana, e foram gestadas por uma tailandesa pelo sistema de barriga de aluguel.
Daniel e Ole, que moram em Londres, já estavam em Bangcoc no dia do parto, mas levaram um susto no dia em que ele aconteceu. A cesariana estava marcada para quinta-feira, dia 27, mas a mãe de aluguel entrou em trabalho de parto no domingo, dia 23. “Acordei na segunda de manhã às 6h15 com várias mensagens do médico avisando que a cesariana seria às 7h. Foi uma correria e, quando chegamos ao hospital, avisaram que elas tinham nascido às 6h31 e 6h32, as apressadinhas”, conta Daniel.
Eles puderam vê-las assim que chegaram lá, enquanto eram limpas pelas enfermeiras. Os bebês ficaram em uma câmara de oxigênio por três horas e, após três dias no berçário, foram para o apartamento alugado pelos pais na quinta-feira (26).
Daniel diz que a sensação de ver as filhas pela primeira vez foi “estranha” e “extremamente emocionante”. “É estranho pensar que nós fizemos aqueles dois pedacinhos de vida vir ao mundo. Achamos emocionante ver os rostinhos delas, apaixonar-nos pouco a pouco por cada detalhe e saber que elas dependem de nós 100% neste início de vida”, diz ele. “É uma responsabilidade enorme”, completa.
Ole e Daniel fizeram um curso de pais em Londres, um treinamento em primeiros-socorros para bebês pela Cruz Vermelha Britânica e foram orientados pelas enfermeiras tailandesas sobre como cuidar das meninas. Mesmo assim, os primeiros dias têm sido cheios de descobertas. “Acho que todo pai de primeira viagem é pai de primeira viagem”, diz o brasileiro.
O casal afirma que visitou a tailandesa que foi mãe de aluguel de Ana e Sofia todos os dias no hospital. Eles também compraram um colar de ouro com diamantes para presenteá-la.
“Ela nos deu o melhor e mais precioso presente de nossas vidas, então queríamos deixar uma lembrança com ela como sinal de eterna gratidão. E diamantes são eternos, certo?”, explica Daniel, que é executivo em uma grande empresa de tecnologia.
O brasileiro diz que se sente afortunado por ter podido realizar seu sonho e que quer criar as filhas com um “bom entendimento do mundo e do que é a diversidade”. “Esperamos que se tornem adultas felizes e sejam capazes de fazer a diferença nesse planeta em que vivem”, diz.
G1