No evento além das reclamações da baixa qualidade que torna as rodovias do Estado quase intransitáveis, a insegurança foi destacada como fator no déficit na mão de obra do setor.
“Faltam cinco mil motoristas para escoar o que é produzido em Mato Grosso. Essa falta de mão de obra é causada por dois fatores principais: a violência contra os trabalhadores e a mudança da cultura. Hoje quase não existe mais o estimulo de continuar na profissão de motorista, antes passado de pai pra filho”, conta o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat), Eleus Vieira de Amorim.
Segundo o presidente, o sindicato “luta” há muito tempo pela criação da delegacia especializada em roubos de cargas, como defensivos e grãos.
Outro ponto de discussão foi a Lei Federal 12.619/2012, que regulamenta e disciplina a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional, conhecida como Lei do Descanso.
Foi destacado no evento que Mato Grosso não conta com postos de parada para o descanso como prevê a Lei. Os motoristas, em sua maioria, estacionam ou pernoitam em postos de combustível com maior estrutura (banheiro, restaurante e segurança). Grande parta desses pagos e os que não cobram pelo serviço, não se responsabilizam por furtos acontecidos em seu pátio.
O evento foi realizado no Hotel Holliday Inn, em Cuiabá e contou com a participação de empresários ligados ao setor de transporte e logística.