Os oito contêineres vieram dos Estados Unidos e do México. As primeiras informações são de que na documentação da carga havia a descrição de que era uma mistura de cobre e zinco, o que normalmente é utilizado pela indústria de fertilizantes.
O Ministério Público acabou fazendo uma fiscalização e descobriu que esse material é extremamente perigoso. Segundo o procurador da república Luiz Antonio Palácio, o MP moveu uma ação para retirada da carga.
O material apreendido aqui, que representa duas operações, uma de importação de 150 toneladas e a outra 48 toneladas, são lixos industriais. Por um lado contém zinco, substância utilizada na formulação de fertilizantes agrícolas, mas por outro lado tem também poluentes orgânicos, com altas concentrações de chumbo e mercúrio, além de compostos orgânicos que são altamente cancerígenos. Então é uma carga extremamente tóxica, que era usada na pura e simples diluição e encaminhamento para fertilizantes e utilizados na agricultura, explica Palácio.
São ao todo 70 sacos, que serão levados a um aterro sanitário em Tremembé, na grande São Paulo. Agora, falta a Receita Federal explicar quem era o importador dessa carga e se essa ou essas empresas serão multadas.
O Ibama informou que essa carga chegou em 2001 e foi apreendida. O MP pediu um laudo e constatou que havia uma mistura acima dos níveis permitidos de zinco e cobre. A carga foi embargada, o Ministério Público moveu uma ação e a retirada da carga começou a ser feita na manhã desta terça-feira em um terminal no Porto de Santos.
Outro caso
Em julho de 2009, o Ibama descobriu quase 300 toneladas de lixo, armazenadas em 16 contêineres em um terminal de cargas de Guarujá, no litoral de São Paulo. O lixo tinha chegado da Inglaterra, e antes de chegar ao porto de Santos, passou pelo porto de Rio Grande.
Nos contêineres, os fiscais do Ibama encontraram restos de alimentos, peças de computador, travesseiros velhos e embalagens vazias de produtos de limpeza. As empresas responsáveis pelo transporte do lixo para o Brasil foram multadas em mais R$ 2 milhões. Toda carga foi embarcada de volta para a Inglaterra.
G1