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Allos tem lucro líquido de R$ 217,4 milhões no 4º trimestre de 2024, recuo de 8,4% em um ano

A Allos, maior rede de shoppings do País, com participação em 47 unidades, fechou o quarto trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 217,4 milhões. O montante foi 8,4% menor do que no mesmo período de 2023. Apesar das melhorias no desempenho dos shoppings e nas demais linhas do balanço, o resultado líquido foi machucado pelo aumento nas despesas com juros no quarto trimestre.

Já no acumulado de 2024, a Allos teve lucro líquido de R$ 728,6 milhões, recuo de 78,4% em relação a 2023. Essa diferença é explicada por um ganho extraordinário de R$ 4,5 bilhões no ano anterior, mas de natureza contábil (sem efeito no caixa), decorrente da fusão entre Aliansce Sonae com a BrMalls que deu origem ao novo grupo.

Indo para os números mais ‘limpos’ do balanço, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Allos somou R$ 638,5 milhões no quarto trimestre, alta de 12,4%, enquanto a margem bateu em 77,4%, ganho de 2,6 pontos porcentuais. No ano, o Ebitda ajustado atingiu R$ 1,99 bilhão, expansão de 7,3%.

O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) chegou a R$ 467,7 milhões no quarto trimestre, alta de 23%, com margem de 56,7%, ganho de 6,6 pontos porcentuais. No ano, o FFO totalizou R$ 1,37 bilhão, aumento de 29%.

A receita líquida foi de R$ 824,9 milhões no trimestre, avanço de 8,6%. No ano, a receita foi de R$ 2,7 bilhões em 2024, crescimento de 7,0%.

A Allos teve alta de 5,6% na receita de aluguel de lojas, ajudada pela recuperação do IGP, que corrige os contratos de locação. Também houve um salto de 16,6% na receita de estacionamentos, puxado pelo aumento no fluxo de veículos e no reajuste das tarifas.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou negativo em R$ 280 milhões no trimestre, o que representa uma despesa 150% maior na comparação anual, impactada pelo aumento dos juros no País. No acumulado de 2024, o resultado financeiro ficou negativo em R$ 602 milhões, piora de 17%.

A Allos informou que, em 2024, capturou R$ 134 milhões em sinergias oriundas da fusão da Aliansce Sonae com a BrMalls, realizada há dois anos. Desse total, R$ 104 milhões foram via ganhos na receitas e R$ 30 milhões em cortes de custos e despesas. Na sua apresentação de resultados, o grupo ressaltou que esse resultado comprova o sucesso no processo de integração dos negócios. A meta permanece em chegar a R$ 210 milhões em sinergias até o fim deste ano.

A companhia encerrou o ano com dívida líquida de R$ 3,8 bilhões e alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda) ed 1,9 vez.

Operacional

As vendas totais nos shoppings da Allos atingiram R$ 12,5 bilhões no quarto trimestre de 2024, crescimento de 8,6% em relação ao mesmo período de 2023. No ano inteiro, as vendas bateram em R$ 40,1 bilhões, alta de 7,7%. No quarto trimestre, as vendas nas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) subiram 6,6%, e os aluguéis nas mesmas lojas (SSR) avançaram 6,2%.

O custo de ocupação para os lojistas ficou em 9,7% no quarto trimestre, recuo de 0,3 ponto porcentual em um ano. A ocupação média dos shoppings da Allos foi de 96,8% no quarto trimestre, alta de 0,5 ponto porcentual em um ano

Já a inadimplência líquida dos lojistas ficou no patamar negativo de 1,2% (isso acontece quando a empresa recupera mais valores do que sofre com novos atrasos).

Estadão Conteudo

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