Entretanto, um dos médicos de plantão do Pronto Socorro afirmou que não prestaria socorro se não fosse feita avaliação psiquiátrica. Fabiana foi avaliada por um psiquiátrico particular, o mesmo constatou surto psicótico grave, pedindo para retornar com a paciente para o Pronto Socorro, pois a mesma teria que ser internação imediata. Ao chegar com a paciente no Pronto Socorro, pela segunda vez se recusaram atende-la, só depois de muita luta aceitaram que ela ficasse na emergência. Foi encaminhado um oficio para promotoria de São Félix do Araguaia, mas só terá um retorno na segunda-feira (24/03/), Como a paciente não podia esperar, foram tomadas outras providencias.
Em contato com o Hospital Adauto Botelho que é referencia no estado para alta complexidade, quando solicitada à vaga, disse que Fabiana seria a primeira da lista e que aguardassem a chamada. No outro dia ao entrar em contado com o responsável do hospital, perguntando sobre a vaga, informaram que o hospital não teria condições de receber a paciente, pois não tem suporte. Indignada, com a situação desrespeitosa e injusta a enfermeira não mediu esforços e seguiu com a paciente para Cuiabá em busca de socorro.
Um dos médicos do Adauto Botelho avaliou a paciente e encaminhou para o Pronto Atendimento de gestante no hospital Santa Helena na cidade de Cuiabá. A enfermeira responsável que os atendeu explicou que ali é acolhimento de gestante e não poderia internar a paciente devido o problema mental. O único apoio prestado foi por parte da Assistente Social Mariuza que se prontificou a buscar solução, orientando qual o procedimento e o que deveria ser feito no momento.
Para a enfermeira que está acompanhando à paciente, o município está fazendo a sua parte, falta o estado cumprir com a sua. “São duas vidas que necessitam de cuidados especiais. Está assegurada na Portaria 180 do SUS na Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental”, desabafa a enfermeira.
Fonte: O Repórter do Araguaia