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Quem é Gleisi Hoffmann, que assume a articulação política do governo Lula

A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, foi escolhida pelo presidente Lula para comandar a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), pasta responsável pela articulação política do governo. Fiel às gestões petistas e peça-chave nas decisões internas do partido, Gleisi assume um papel estratégico no relacionamento entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional.

Natural de Curitiba, Paraná, Gleisi é formada em Direito e iniciou sua trajetória política através da militância no movimento estudantil. Em 1989 se filiou ao Partido dos Trabalhadores e consolidou-se como uma das figuras mais influentes da legenda.

Antes de presidir o partido, atuou como secretária nos governos petistas de Zeca (PT), no Mato Grosso do Sul, e de Nedson Micheleti (PT), em Londrina. Também integrou a equipe de transição do primeiro governo Lula e assumiu uma diretoria da Itaipu Binacional.

Em 2010, Gleisi foi eleita senadora pelo Paraná e, um ano depois, licenciou-se do cargo para assumir a Casa Civil no governo de Dilma Rousseff, tornando-se uma de suas principais aliadas. Esteve ao lado da ex-presidente durante o impeachment de 2016 e, no ano seguinte, assumiu a presidência do PT, liderando a sigla em um período turbulento, que incluiu a prisão de Lula, a Lava Jato e a eleição de Jair Bolsonaro (PL).

Além da vitória ao Senado, Gleisi já disputou cargos no Legislativo e Executivo. Em 1998, concorreu a deputada estadual no Paraná. Tentou uma vaga no Senado em 2006 e, em 2008, foi candidata à Prefeitura de Curitiba. Em 2014, disputou o governo do Estado. Já em 2018, elegeu-se deputada federal, sendo reeleita em 2022.

Apesar da lealdade ao governo, Gleisi não evita embates dentro da própria base aliada. Como presidente do PT, tem feito críticas a ministros da atual gestão, com destaque para as divergências públicas com Fernando Haddad, da Fazenda.

Em outubro do ano passado, como mostrou o Estadão, a presidente do PT também rebateu críticas de Alexandre Padilha, que deixou a SRI para assumir o Ministério da Saúde, sobre a condução do partido durante as eleições municipais de 2024.

Aliados de Gleisi apostam na relação construída com o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), como um dos trunfos dela no comando da SRI. Para correligionários, a escolha reflete a estratégia do governo Lula de entrar em “modo campanha” com foco na eleição de 2026.

O perfil combativo da presidente do PT, popular entre a militância, pesou na equação da reforma ministerial. Em meio às mudanças, Lula chegou a justificar a saída de Nísia Trindade do Ministério da Saúde afirmando que precisa de mais “agressividade na política”.

Estadão Conteudo

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