A companhia japonesa ANA Holdings Inc. encomendou 15 jatos E190-E2 da Embraer, com opções para mais cinco aeronaves, informou a empresa brasileira na terça-feira, 25. Os valores da venda não foram informados. As entregas dos jatos têm início previsto para 2028.
Pelos cálculos do Citi, a operação deve somar cerca de US$ 975 milhões (por volta de R$ 5,6 bilhões). O banco levou em consideração o preço de lista de 2023, que estipulava o valor de US$ 65 milhões (R$ 375 milhões) por avião.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Embraer diz que a operação faz parte do plano de renovação da frota da ANA.
Os aviões da Embraer serão usados em rotas domésticas. O E190-E2 da ANA será o primeiro E-Jet de nova geração a operar no Japão. A empresa brasileira destaca que a família de jatos E2 é certificada para voar com misturas de até 50% de combustível de aviação sustentável (SAF) e demonstrou a capacidade de operação em voos de teste com 100% de SAF.
Conforme a Embraer, a venda reforça o compromisso da companhia nacional com a redução de emissões e a aviação sustentável.
“A Embraer está comprometida em desenvolver produtos, soluções e tecnologias para contribuir com a meta da indústria de aviação de alcançar zero emissões até 2050”, afirma a fabricante brasileira.
Mais cedo, a ANA informou que planeja encomendar US$ 14 bilhões (R$ 80,7 bilhões) em aviões da Embraer, Boeing e Airbus. Serão até 77 aeronaves no total.
Os analistas do Citi afirmam que esses seriam os primeiros E2s a operar no mercado japonês. “O pedido diversifica ainda mais a qualidade e diversidade geográfica do livro de pedidos firmes da Embraer”, afirmam os especialistas do Citi.
“Neste cenário, o pedido parece ser um desenvolvimento positivo para a Embraer, já que a compradora vê valor neste produto para suas necessidades de renovação de frota de menor calibre”, dizem os analistas Stephen Trent, André Mazini e Filipe Nielsen.