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CPFL Energia registra lucro líquido de R$ 1,57 bi no 4º tri de 2024, alta de 18,7% em um ano

O Grupo CPFL Energia registrou lucro líquido consolidado de R$ 1,574 bilhão no quarto trimestre de 2024, alta de 18,7% ante o anotado no mesmo período de 2023. Com isso, no acumulado do ano, a companhia reportou lucro líquido de R$ 5,762 bilhões, 4,1% maior que o verificado no exercício anterior.

O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, na sigla em inglês) consolidado do quarto trimestre somou R$ 3,276 bilhões, aumento de 5,3% frente ao mesmo intervalo de 2023. No acumulado do ano, a linha totalizou R$ 13,134 bilhões, alta anual de 2,4%.

A receita operacional líquida cresceu 13,3% entre outubro e dezembro do ano passado, frente o verificado nos mesmos meses de 2023, para R$ 11,946 bilhões. De janeiro a dezembro, a receita alcançou R$ 42,628 bilhões, alta de 7,3% ante o verificado no ano anterior.

Áreas de negócios

Entre os segmentos de atuação da CPFL, destaque para o recuo de 8,7% no Ebitda da Distribuição no quarto trimestre, para R$ 1,88 bilhão, e o aumento de 45,4% no Ebitda da Geração, para R$ 1,1 bilhão. No consolidado de 2024, a Distribuição somou Ebitda de R$ 7,76 bilhões, 1,3% abaixo do verificado um ano antes, enquanto a Geração apresentou desempenho 8% melhor na comparação anual, para R$ 4,02 bilhões.

O diretor-presidente da CPFL Energia, Gustavo Estrella, comentou que alguns efeitos contábeis poluíram os resultados. Na Distribuição, por exemplo, a comparação anual foi afetada pela conclusão da revisão tarifária de 2023, o que resultou em um reconhecimento contábil positivo de R$ 187 milhões.

Ele salientou, porém, o desempenho positivo do mercado nas áreas de concessão, com aumento de 4,2% das vendas na área de concessão no ano, para 72,89 gigawatts-hora (GWh) e de 1,4% no quarto trimestre, para 18,5 GWh.

“Reportamos bons números de crescimento na baixa tensão, especialmente residencial e comercial, muito em função de temperatura”, disse Estrella, explicando que a alta foi menos intensa no quarto trimestre por conta da elevada base de comparação dos últimos meses de 2023, quando as temperaturas também foram mais elevadas.

Ele citou, também, a retomada “consistente” do consumo industrial, de 3% no acumulado do ano, tendência que se mantém neste início de 2025, disse.

Curtailment

Na geração, por sua vez, efeitos contábeis impulsionaram os resultados e mascararam o efeito negativo das restrições operacionais impostas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A empresa anotou um curtailment médio de 20% no quarto trimestre de 2024, período em que historicamente a companhia registra alta geração eólica. Segundo a CPFL, o prejuízo com curtailment somou R$ 88 milhões nos últimos três meses do ano, somando R$ 272 milhões no último exercício.

Considerando que em 2023 também houve perdas relacionadas a esses cortes, o efeito negativo líquido com curtaiment, na comparação entre os exercícios, foi de R$ 171 milhões. No entanto, o balanço da empresa também apresenta efeitos extraordinários positivos, como a contabilização do valor justo de ativos – Enercan e Lajeado – gerando um impacto positivo somado, na comparação ano contra ano, de R$ 543 milhões. Adicionalmente, a empresa também registrou uma reversão de provisão com impacto de R$ 123 milhões.

“De maneira bem transparente, a mensagem no segmento de geração é que o curtailment que tem afetado bastante os nossos negócios, com impacto negativo”, disse.

Estadão Conteudo

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