Ele foi indiciado pelo delegado Alan Luxardo, titular da Divisão de Homicídios de Niterói, sob a acusação de receber propina de bandidos do Morro da Coruja, em São Gonçalo. Em troca, os PMs deveriam fazer vista grossa para o tráfico de drogas na região.
Nas provas apresentadas pela Polícia Civil estavam escutas telefônicas de conversas entre PMs e traficantes que fariam referências a Beltrami. Mas, em nenhum dos diálogos, o oficial foi flagrado falando ao telefone com pessoas ligadas ao tráfico de drogas no Morro da Coruja ou com qualquer outra pessoa, que fizesse menção a pagamento de propina.
O Ministério Público ofereceu denúncia e o coronel Beltrami foi a julgamento. Na semana passada, no entanto, quase três anos depois de ser indiciado, Beltrami foi absolvido na Justiça. Para o juiz do caso, não foram colhidas provas suficientes para condenar o coronel.
Na decisão, o juiz Márcio da Costa Dantas, titular da 2ª Vara de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, disse que o depoimento do coronel Erir Ribeiro, ex-comandante geral da PM, sobre Beltrami foi fundamental para a absolvição do oficial. Erir destacou que "os órgãos de inteligência nunca captaram qualquer notícia de envolvimento de Beltrami com a criminalidade".
O caso sobre o esquema de corrupção no 7º Batalhão da PM foi desmembrado em três processos e corre em segredo de Justiça. De acordo com o Tribunal de Justiça, do total de 40 acusados, 28 foram condenados, três absolvidos, entre eles o coronel Djalma Beltrami, três morreram ao longo do processo e seis estão foragidos.
Agência Brasil