De acordo com os especialistas, muitos casos podem ser apenas estéticos no começo, mas depois passam a afetar a funcionalidade da boca.
O diastema, que é a falta de espaço entre os dentes, é comum quando a criança tem só dentes de leite, mais ou menos entre os 5 e 7 anos de idade, e também quando esses dentes provisórios começam a dividir espaço com os primeiros permanentes, fase que dura até os 9 ou 10 anos. A partir dessa fase, se o paciente continuar com diastema, não é mais comum e é preciso tratar.
Se o diastema for nos dois dentes da frente, geralmente não há problemas para a saúde bucal e o tratamento pode ser feito com aparelho ortodôntico, resina ou cerâmica. Porém, se o espaço for nos dentes de trás, que têm a função de mastigação, o problema deixa de ser estético e a saúde bucal pode ser afetada.
Segundo o ortodontista André Tortamano, o risco de problemas é alto nesse caso porque os alimentos ficam parados entre os dentes e, se ficarem muito tempo perto da gengiva, podem causar dor e levar a uma inflamação. Se essa inflamação persistir, pode ocorrer ainda uma perda óssea, perda de sustentação e queda dos dentes. Por isso, seja no caso de ter um espaço ou não, é fundamental manter uma boa higienização dos dentes e usar o fio dental.
No caso do professor de música Wesley Penteado, o sorriso com diastema nunca foi um grande incômodo. Mas depois de fazer uma consulta com a dentista, ele aceitou a sugestão de começar um tratamento com aparelho ortodôntico e resina. Depois de juntar os dentes, ele parou de ter desconfortos na hora de comer e começou até a sorrir nas fotos, como mostrou a reportagem da Natália Ariede (veja no vídeo acima).
Segundo a reabilitadora oral Ana Paula Uzun, quem tem dente separado deve caprichar ainda mais na higienização, usando principalmente o fio dental, mesmo que a gengiva sangre.
Segundo a dentista, apertar os dentes pode gerar um desgaste e até perda óssea, já que é feito um movimento que eles não estão preparados para suportar.
Quem tem bruxismo e range os dentes durante a noite também pode sofrer com esse problema e, para evitar o desgaste, a dica é usar placas na hora de dormir.
A reabilitadora oral explica que o desgaste pode estar ligado a diversos fatores, não apenas à má posição do dente. Por isso, é fundamental fazer uma série de exames para avaliar se há algum problema nos ossos, nos dentes e também na respiração.
Nesse último caso, os dentes para a frente podem ser a causa, ou seja, colocá-los no lugar pode melhorar a respiração. Geralmente, esses problemas são tratados em conjunto com o dentista, o otorrinolaringologista e a fonoaudióloga.
Dentes projetados para frente podem ainda causar ou ser consequência de problemas funcionais, como disfunções na ATM, má formação da arcada dentária, deglutição atípica ou dor de cabeça.
Pode acontecer ainda de os dentes inferiores começarem a subir já que não encontram os superiores com o tempo, isso pode piorar, deixando a mordida muito profunda e levando à perda dos dentes.
G1