O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) solicitou o apoio dos colegas da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para aprovar um projeto que proíbe visitas íntimas a presos condenados por feminicídio, estupro e pedofilia. A proposta foi apresentada nesta semana e pretende endurecer as regras dentro do sistema prisional do estado.
Durante discurso na tribuna, Botelho citou um caso recente de feminicídio ocorrido em Várzea Grande, onde a jovem Vitória Camily Carvalho Silva, de 22 anos, foi assassinada pelo ex-namorado Helder Lopes de Araújo, de 23 anos, durante uma festa de aniversário. O criminoso já havia feito ameaças à vítima e à família antes do ataque.
“Precisamos agir mais duro com essas pessoas”, declarou o parlamentar ao defender o fim das regalias para condenados por crimes violentos contra mulheres e crianças. Para ele, o sistema penitenciário não pode oferecer benefícios a detentos que representam ameaça constante à sociedade.
O projeto agora aguarda tramitação na ALMT, onde deverá passar por comissões antes de ser votado em plenário. Caso aprovado, Mato Grosso poderá se tornar um dos primeiros estados a adotar essa restrição de forma oficial.
A proposta tem gerado debate sobre a necessidade de penas mais rígidas e a restrição de privilégios para criminosos que cometeram crimes hediondos. A expectativa é que o tema seja amplamente discutido antes da votação final.