A troca ministerial foi necessária porque cinco deles vão concorrer a cargos nas eleições deste ano e, por lei, precisam deixar a cadeira até seis meses antes do pleito. Deixaram os cargos os ministros Aguinaldo Ribeiro (Cidades), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), Gastão Vieira (Turismo), Antônio Andrade (Agricultura), Marcelo Crivella (Pesca) e Marco Antônio Raupp (Ciência e Tecnologia). Desses, apenas Raupp não tem pretensões eleitorais.
Os novos ministros são Gilberto Occhi (Cidades), que ocupava vice-presidência de Governo da Caixa Econômica Federal; Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), ex-presidente da Petrobras Biocombustível; Vinicius Nobre Lages (Turismo), ex-gerente de assessoria internacional do Sebrae; Neri Geller, ex-secretário de Política Agrícola da pasta; Eduardo Lopes (Pesca), senador do PRB; e Clelio Campolina Diniz (Ciência e Tecnologia), reitor da Universidade Federal de Minas Gerais.
Em nova rodada de conversas para tentar conter a crise, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), foi convidado para uma reunião no Palácio do Planalto nesta segunda para tratar sobre o Marco Civil da Internet, que pode ser votado nesta semana. Os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), acompanhados pelo vice-presidente da República, Michel Temer, vão buscar um acordo sobre o projeto, que trava a pauta da Câmara desde o ano passado. Cunha trabalha contra o projeto do governo.
No discurso de posse dos novos auxiliares, Dilma direcionou sua fala para a área econômica. “Vocês contribuíram para algo raro: crescer, diminuir a desigualdade, construir o mercado interno de massa e ao mesmo tempo manter os fundamentos da macronomia”, disse. Em tom eleitoral, a presidente afirmou que o Brasil “começa a ter uma situação de estabilidade para enfrentar todas as conjunturas”. E continuou: “Nós deixamos de ser o país do futuro e esses brasileiros que estão aqui hoje são responsáveis por a gente estar construindo o Brasil do presente”.
Embora as alterações priorizem os interesses partidários e de Dilma nas eleições deste ano e trazem pouco avanço à estrutura pública, a presidente disse que "o povo brasileiro é sábio e percebe muito bem quem está do lado dele".
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