Pressionado por casos recentes de violência policial e pela prisão ou afastamento de agentes suspeitos de irregularidades, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, promoveu novas trocas em departamentos centrais da Polícia Civil.
Foram designados novos chefes para importantes setores, como o Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol) e o Departamento de Administração e Planejamento (DAP). As informações foram publicadas pelo portal G1 e confirmadas pelo Estadão.
As mudanças, porém, não incluíram membros da alta cúpula da secretaria. Foram mantidos no cargo alguns dos principais nomes abaixo de Derrite, como o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Cássio de Freitas.
Membros da alta cúpula da secretaria consultados pela reportagem minimizaram as trocas recentes e afirmaram que são mudanças de praxe, feitas normalmente a cada dois anos e sem motivo específico.
AFASTAMENTO
No caso mais recente, A delegada titular do 77º Distrito Policial (Santa Cecília), Maria Cecília Castro Dias, foi afastada das funções na sexta-feira, após decisão judicial. Conforme o portal Metrópoles, ela seria suspeita de envolvimento em uma espécie de quadrilha formada policiais civis para desviar cargas de drogas e, posteriormente, vendê-las a traficantes. Procurada, ela não se manifestou.
Quatro policiais são alvos da operação, conduzida pela Corregedoria da Polícia Civil, que apura o esquema. Além da delegada, outros dois policiais foram afastados judicialmente. Em nota enviada à reportagem, a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP) afirmou que a “Polícia Civil não compactua com desvios de conduta e pune exemplarmente aqueles que infringem a lei e desobedecem aos protocolos da instituição”.
BAIXADA
Além disso, chama a atenção a mudança na gestão do Deinter-6, com atuação na Baixada Santista. Entre 2023 e 2024, a polícia repetiu incursões na região litorânea sob a justificativa de reprimir a atuação do PCC.