Cidades

Medidas paliativas não amenizam apagão logístico em MT

 
Entre os mais prejudicados estão os agricultores da região norte, que calculam os prejuízos do começo ao fim do plantio. De acordo com os produtores, as perdas têm início ao levar sementes e insumos e depois fazer o escoamento do produto, atos que sempre requisitam a manutenção constante dos caminhões que não resistem.
 
O diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, explica que para os produtores as rodovias estaduais são as piores e o quadro, na sua opinião, é resultado do abandono do Governo do Estado que não realizou nem a manutenção antes das chuvas, piorando mais a situação agora.
 
“As estradas estaduais são catastróficas, os prejuízos são contabilizados tanto na entrada como na saída das fazendas. E a única promessa de melhoria está na licitação de manutenção que o Estado vai fazer, mas estamos cientes de que por agora nada vai mudar”, declara Ferreira.
 
Ainda de acordo com o diretor do Movimento Pró-Logística, dos 25 mil quilômetros de rodovias estaduais, apenas 6 mil têm asfalto, e na grande maioria intrafegável, e com o MT Integrado pouca coisa vai mudar, pois apenas 2 mil quilômetros serão entregues para a população.
 
Uma análise feita por Edeon Vaz aponta ainda a preocupação sobre a intenção do governo de privatizar esses trechos considerados um terror para os produtores. “Entendemos que nas rodovias de grande escoamento é preciso ter um cuidado e a privatização é uma saída, mas não adianta o governo querer escapar da sua responsabilidade e tentar jogar mais uma vez para a população mais um custo para se conseguir trafegar nas estradas estaduais”, diz Vaz.
 
Para entender o caos que é enfrentado durante todo o ano pelos motoristas e que se agrava nos períodos de chuva, um balanço mostra que praticamente todas as rodovias apresentam algum tipo de problema. Por exemplo, na BR-163 entre os municípios de Sorriso e Lucas do Rio Verde o rompimento de uma barragem interditou meia pista desde o final do mês passado.
 
Já na MT-222, com o excesso de chuvas, nem mesmo as balsas em Sinop estão funcionando, pois o rio da região transbordou e acabou invadindo a área de embarque.
 
Em Sorriso, na MT-443, principal via de acesso para a BR-163, grandes atoleiros foram formados, necessitando que os produtores jogassem cascalho no local para amenizar o problema, mas isso não evitou que houvesse atrasado no escoamento. 
 
Confira matéria na íntegra na edição desta semana do Circuito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Cidades

Fifa confirma e Valcke não vem ao Brasil no dia 12

 Na visita, Valcke iria a três estádios da Copa: Arena Pernambuco, na segunda-feira, Estádio Nacional Mané Garrincha, na terça, e
Cidades

Brasileiros usam 15 bi de sacolas plásticas por ano

Dar uma destinação adequada a essas sacolas e incentivar o uso das chamadas ecobags tem sido prioridade em muitos países.