Mix diário

Tarcísio rejeita planos de Nunes para o Jd. Pantanal; mais estudos só em abril

Após a Prefeitura de São Paulo divulgar três possíveis projetos para resolver o problema de enchentes no Jardim Pantanal, bairro do extremo leste da cidade que historicamente sofre com as chuvas, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou ontem que pretende estudar mais a fundo o problema e soluções.

“Ontem (segunda-feira), tivemos uma reunião na Prefeitura e batemos algumas alternativas. O que foi apresentado me deixou com dúvidas. Todas me deixaram com dúvidas”, disse o governador. Anteontem, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) havia defendido a remoção das famílias.

De acordo com Tarcísio, o que foi apresentado pode levar a uma transferência do problema de alagamento para outros municípios, como Guarulhos, no limite com o Jardim Pantanal. Ele e o prefeito voltaram a falar sobre o assunto na terça-feira, 4.

“É preciso um grande estudo hidrológico ali. Quando você pensa nas soluções de engenharia, o próprio dique que foi citado, é a melhor solução? Qual é a repercussão que o dique tem, por exemplo, em Guarulhos? Muitas vezes, você faz uma intervenção aqui e empurra o problema para a jusante”, afirmou Tarcísio.

“Se a gente adotar, na pressão, uma solução que seja simplista, provavelmente a gente vai dar uma resposta errada. E, se a gente der a resposta errada, nós vamos gastar dinheiro e não resolver a vida de ninguém. Então, a gente tem de ter cautela”, disse o governador de São Paulo.

Já Nunes disse que Município e Estado atuarão juntos para tentar solucionar o problema. “O importante é que o Tarcísio vai estar junto no que a gente vier a apresentar sobre o Jardim Pantanal.”

Nunes e Tarcísio não deram prazo para agir na região nem para decidir o que será feito. Segundo o prefeito, novos estudos devem começar a ser feitos a partir de abril. Neste momento, o foco tem sido a ação emergencial. Questionados novamente sobre o que poderia ser feito para evitar ou minimizar novos episódios de enchentes na próxima temporada de chuvas, no fim de 2025 e começo de 2026, Tarcísio e Nunes não souberam responder.

REMOÇÕES

Na segunda-feira, porém, o prefeito sinalizou que considera a alternativa de remoção das famílias como a mais viável. “A princípio, pelo que eu vi, a dimensão que é, na localização que está, 30 anos de problema, não vejo outra situação a não ser a gente incentivar as pessoas a saírem daquele lugar. Porque toda vez que chover vai ser isso”, afirmou.

OBRA PARADA

Uma obra de drenagem para tentar controlar as cheias do Rio Tietê, que deveria ter sido entregue em setembro de 2023, ainda não foi concluída na região do Jardim Pantanal. Os motivos foram seguidas suspensões de contrato.

A construção de um pôlder, estrutura para combater as inundações em construções à beira de rios, inclui um muro de contenção de 4 metros de altura anexado a um reservatório para absorver a água excedente e direcioná-la para o Córrego Lajeado. A obra estava sendo construída na Vila Seabra, bairro vizinho ao Jardim Pantanal.

Estadão Conteudo

About Author

Deixar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Você também pode se interessar

Mix diário

Brasil defende reforma da OMC e apoia sistema multilateral justo e eficaz, diz Alckmin

O Brasil voltou a defender a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) em um fórum internacional. Desta vez, o
Mix diário

Inflação global continua a cair, mas ainda precisa atingir meta, diz diretora-gerente do FMI

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva disse que a inflação global continua a cair, mas que deve