Levantamento realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá) aponta que as obras de implementação do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido, na sigla traduzida do inglês) provocaram perdas de 36% no faturamento dos estabelecimentos comerciais localizados na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA). Do total, 90% dos empresários afirmaram que as obras impactaram negativamente seus negócios.
Entre os principais desafios, 87% registraram queda no volume de vendas e no faturamento. Além disso, 83% dos entrevistados relataram que o fluxo de clientes também caiu. No decorrer de 2024, as empresas buscaram se adaptar: 33% adotaram novas estratégias de venda, sendo que 23% mudaram o horário de atendimento e 13% reduziram o quadro de funcionários.
Nos últimos dias, a entidade tem dialogado com Governo do Estado e Prefeitura de Cuiabá para evitar que os prejuízos continuem em 2025. Em discussão, estão tanto o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), na esfera municipal, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no âmbito estadual.
Na sondagem feita entre os dias 29 e 30 de janeiro, a CDL Cuiabá ouviu empresas do comércio (40%), de serviços (33%) e alimentação e bebidas (17%), entre outros setores (10%). Entre elas, 60% acreditam que a conclusão do BRT beneficiará o comércio local, enquanto 20% acham cedo para avaliar e 20% afirmaram não ver vantagens na implantação do novo modal.