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Lei Maria da Penha encoraja mulheres a procurar delegacias em MT

 
Ainda foram registrados 2.139 procedimentos de violência contra mulher na esfera familiar, e 2.046 medidas protetivas requeridas perante o Judiciário. Os casos são encaminhados a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá.
 
A delegada titular da Delegacia da Mulher de Cuiabá, Claudia Lisita, reforça a importância das denúncias. “Atualmente, grande parte das prisões em flagrante autuadas pela Delegacia é consequência de denúncias anônimas de terceiros, demonstrando o reflexo positivo do nosso trabalho, que busca constantemente conscientizar e a sociedade para que esta se envolva com a causa da violência doméstica,” orienta, observando que as mulheres tem denunciado mais após a criação da Lei Maria da Penha
 
No interior, os registros de casos tem aumentado. A Delegacia de Polícia de Tangará da Serra, por exemplo, instaurou 305 inquéritos policiais de violência doméstica e familiar em 2013. Para a delegada Nubya Beatriz, o índice é bastante relevante, mas demonstra que as mulheres agredidas estão quebrando o silêncio e procurando ajuda e providência.
 
“Clamo para que a sociedade denuncie casos de violência doméstica e crimes contra dignidade sexual de forma anônima. Todo caso será investigado e o anonimato é garantido,” garante.
 
Em Chapada dos Guimarães (67km a Norte), a Polícia Civil realiza um trabalho diferenciado junto à vítimas em estado de vulnerabilidade, e dentre elas, muitas são mulheres. Na Delegacia, as vítimas recebem, além do atendimento policial, o atendimento psicológico por uma equipe formada por uma psicóloga e uma assistente social.
 
Conforme a psicóloga do núcleo, Flavia Baeta, as mulheres chegam muito fragilizadas, às vezes apavoradas, mas quando recebem acompanhamento psicológico e ainda sente que a equipe acredita na sua história, a saúde emocional vai se restaurando e a autoconfiança da vítima também. “Isso é fundamental para que ela tenha coragem para cessar o ciclo de violência”,  esclareceu Flavia.
 
A assistente social Luciana Amado Oliveira destacou a importância do trabalho social que também é desenvolvido. “Muitas vezes a mulher não denuncia o companheiro e agressor porque ela é economicamente dependente, então se submete à violência em razão do sustento familiar. Por esta razão, o núcleo também encaminha as vítimas para os projetos sociais existentes a fim de proporcionar a autonomia e o amparo necessários para que elas não aceitem nenhum tipo de violência, seja psicológica, física, sexual”, disse Luciana.
 
As profissionais relataram que o trabalho tem rendido frutos positivos, e até surpreendentes, em alguns casos as vítimas comunicam que foram agredidas fisicamente e ameaçadas de morte se denunciassem. “Isso demonstra a confiança que elas tem na polícia, pois não se deixaram intimidar”, finalizou a psicóloga. (Com Assessoria)
 
 

Redação

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