E em Cuiabá há casos de placas de desvio que estão sendo alteradas, fazendo com que as pessoas entrem em beco sem saída, onde emboscadas são formadas. Na Cidade Industrial, o principal ponto de ataque dos assaltantes está sendo no bairro da Manga, onde a combinação da falta de iluminação e asfalto precário cria o cenário perfeito para que as pessoas sejam atacadas.
Segundo moradores, a Avenida 31 de Março, que se tornou o principal trecho de desvio de quem sai do aeroporto, é um dos locais que os ladrões ficam à espera das vítimas. “Têm buracos enormes e como as ruas estão escuras os motoristas acabam caindo neles e às vezes estragam o carro, e é nessa hora que os bandidos atacam”, conta uma moradora.
Já um comerciante da região diz que a polícia passa constantemente no local, mas não inibe a ação dos marginais, que ameaçam os motoristas e motoqueiros em plena luz do dia.
Dentro do bairro, vários terrenos baldios sujos são caminhos perfeitos para os marginais fugirem e se esconderem, colaborando assim para aumentar a insegurança no local que é considerado um dos mais perigosos da região.
Um dos casos que mais chamaram a atenção nas últimas semanas foi o do ‘Maníaco do Fiat’, que chegou a estuprar oito vítimas em uma semana em vários pontos de Várzea Grande. E um dos locais que o estuprador utilizou para o crime e para se esconder foi exatamente o bairro da Manga.
De acordo com as vítimas, ele se aproveitava enquanto elas passavam a pé ou até mesmo de carro em locais de pouco movimento e escuros para atacar.
Entre as vítimas estavam duas irmãs – uma de 36 anos e outra de 37 –, que passavam pela região da Manga de carro e quando diminuíram a velocidade foram abordadas pelo maníaco, que estava armado. Ele então entrou no carro delas e fez as vítimas o levarem par a região do Carrapicho, onde estuprou as duas e ainda roubou o carro.
O criminoso só parou com os ataques após ser preso pela polícia em uma casa na Manga, onde vivia com a namorada. E de acordo com a ficha criminal, ele era fugitivo da Penitência Central do Estado (PCE).