O ano de 2025 continuará trazendo renovação as cadeiras do Tribunal de Justiça de Mato Grosso em razão das aposentadorias dos desembargadores das diversas categorias da magistratura, advocacia e Ministério Público, tendo em vista o alcance da idade limite para permanecer no serviço público, que hoje é de 75 anos.
No mês de fevereiro se aposenta o desembargador Rondon Bassil (magistratura), no mês de abril o desembargador Guiomar Borges (Ministério Público), no mês de maio a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro (magistratura), no mês de junho o desembargador Luiz Ferreira da Silva (advocacia) e em novembro e dezembro os desembargadores Sebastião de Moraes e Sebastião Farias (magistratura). Serão seis novas vagas a serem preenchidas pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
As atuais regras da carreira da magistratura indicam que o acesso a segunda instância pode se dar alternadamente por merecimento e antiguidade, sendo que, no caso de merecimento, deve ser alternada a lista concorrendo mulheres (lista feminina) apenas numa e homens e mulheres (lista mista) noutra vaga, para fazer frente a uma determinação do Conselho Nacional de Justiça quanto a paridade entre os sexos nos Tribunais de Justiça.
A vaga com a aposentadoria do desembargador Rondon Bassil será disputada por merecimento entre magistrados e magistradas (lista mista), enquanto a vaga da desembargadora Maria Aparecida será preenchida pelo critério de antiguidade. No caso da vaga do desembargador Sebastião de Moraes o critério de merecimento será apenas entre magistradas (lista feminina) e a do desembargador Sebastião de Moraes por antiguidade, onde o mais antigo na carreira será o escolhido.
No caso das vagas de antiguidade da magistratura podem ser feitos alguns prognósticos dos eventuais futuros ocupantes, conforme suas posições na carreira no critério antiguidade. No caso, essas vagas seriam respectivamente preenchidas pela juíza Juanita Clait Duarte e pelo juiz Sergio Valério, que são atualmente os dois juízes mais antigos na carreira.
Por outro lado, as vagas de merecimento da magistratura não possuem definições ou prognósticos prováveis, ficando tudo a depender dos grupos dos desembargadores existentes hoje no Tribunal de Justiça, onde vários juízes são acolhidos por eles politicamente como candidatos nessa disputa ao maior cargo da estrutura judiciária. Atualmente, conforme as últimas disputas que aconteceram recentemente, os maiores cotados são os magistrados Agamenon Alcantara, Celia Vidotti, Ana Cristina Mendes, Jones Gattas, Márcio Guedes, Aristeu Vilela, Jaqueline Cherulli e Marcos Faleiros.
No caso da vaga do Ministério Público de Mato Grosso o promotor de justiça Deosdeth Cruz Júnior, que foi procurador-geral de Justiça escolhido pelo governador Mauro Mendes, aparece como franco favorito para ser alçado ao cargo de desembargador, ainda que exista um movimento interno na instituição defendendo a escolha de uma mulher para compor o Tribunal de Justiça.
E na vaga da advocacia existem vários pretendentes, muitos dos quais foram apoiadores da atual presidente da OAB/MT, constando como favoritos nos bastidores os seguintes nomes: Abel Sguarezzi, Ricardo Almeida, Juliana Zafino, Dinara Arruda, Gláucia do Amaral, Flaviano Taques e Valério Mazuolli. A disputa será acirrada internamente, tendo em vista a nova conformação da OAB/MT, com uma renovação grande ocorrida nas últimas eleições.
