Dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Finlândia, Olli Rehn defendeu nesta segunda-feira, 13, que as taxas de juros devem continuar a cair na zona do euro, independentemente da trajetória escolhida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) nos EUA. Em entrevista à Bloomberg TV, Rehn argumentou que “faz sentido” manter a flexibilização monetária, em um cenário de perspectivas de crescimento fraco no bloco e com o processo de desinflação “no caminho certo”.
“A direção é clara”, reiterou o dirigente, acrescentando que a escala e o ritmo dos cortes de juros permanecerão dependentes de dados. “Não somos o 13º distrito do Fed. Nós tomamos decisões com base em nosso mandato, que é a estabilidade de preços na zona do euro.”
Rehn espera que as taxas de juros europeias deixem o território restritivo entre janeiro e junho deste ano. O dirigente expressou confiança na estabilização da inflação em 2% e destacou que o mercado de trabalho segue resiliente, apesar da atividade econômica deprimida.
Sobre as tarifas propostas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, o Rehn afirmou que qualquer solução negociada é melhor do que uma guerra comercial entre o país e a União Europeia (UE).