Dois homens foram alvos de mandados de prisão preventiva durante a Operação Púlpito Silenciado, deflagrada nesta quinta-feira (12). Os suspeitos – que são pai e filho – teriam envolvimento no assassinato do pastor e líder comunitário Severino Amaro de Lima, 70. A vítima foi morta a facadas no município de Tangará da Serra (242 km de Cuiabá), em uma discussão motivada por desacordo comercial.
De acordo com a Polícia Civil, o homicídio ocorreu em 1º de dezembro e um dos suspeitos de participação no crime foi preso em flagrante no dia seguinte. Na mesma semana, um segundo participante do crime foi preso, durante a primeira fase da operação. O delegado Igor Sasaki explicou que todos os envolvidos foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.
A investigação apontou que o crime ocorreu depois de uma discussão envolvendo um inquilino do pastor, que devia um serviço ao grupo que cometeu o homicídio. O responsável pelo trabalho de apuração detalhou que a vítima era proprietária do prédio de quitinetes e alugava uma delas para um mecânico, que estava devendo um serviço em um veículo para integrantes de uma facção criminosa.
Na data do crime, os suspeitos foram à residência cobrar o serviço ao mecânico e quiseram levar o documento do veículo do pastor como se a vítima devesse garantir a dívida do mecânico. Houve uma discussão, seguida de luta corporal, quando o pastor foi morto com golpes de arma cortante.
Após o período de flagrante, pai e filhos se apresentaram na Delegacia de Tangará da Serra e em interrogatório alegaram legítima defesa, o que não condiz com o que foi apurado pela Polícia Civil, uma vez que estavam em maior número que a vítima.