A Ford anunciou ontem que vai reduzir sua força de trabalho em 4 mil pessoas na Europa e no Reino Unido até o final de 2027. A empresa atribuiu a decisão aos ventos contrários da economia, a pressão do aumento da concorrência e as vendas mais fracas do que o esperado de carros elétricos.
De acordo com a fabricante de automóveis, a maior parte dos cortes de empregos, 2,9 mil postos, aconteceria na Alemanha e seria baseada em consulta com representantes dos funcionários. Na Grã-Bretanha, serão dispensados 800 empregados, e 300 em outros países da União Europeia. Ao todo, a Ford tem 28 mil empregados na Europa e 174 mil em todo o mundo.
“A indústria automobilística global continua em um período de significativa ruptura à medida que muda para a mobilidade eletrificada”, disse a empresa em comunicado. “A transformação é particularmente intensa na Europa, onde as montadoras enfrentam ventos contrários competitivos e econômicos significativos e, ao mesmo tempo, lidam com um desalinhamento entre as regulamentações de CO2 e a demanda dos consumidores por veículos eletrificados”, acrescentou.
Na União Europeia (UE) as montadoras precisam vender veículos elétricos suficientes para atender aos novos e mais baixos limites de emissões médias de dióxido de carbono da frota em 2025 e de reduzir as emissões a zero até 2035, o que significaria a eliminação da maioria dos veículos a combustão.
Contudo, as vendas de veículos elétricos na UE caíram 5,8% nos primeiros nove meses do ano, enquanto as vendas da Ford caíram 15,3%.
