O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez no início da tarde desta terça-feira, 19, um balanço das ações do Brasil no comando do G20. Na visão dele, a presidência brasileira deu “voz aos países africanos na questão do endividamento”. A fala foi feita em discurso de encerramento da Cúpula de Líderes do grupo, evento que marca a transição da presidência para a África do Sul.
Lula destacou que quanto maior for a interação entre sherpas, como são chamados os negociados do G20, e finanças, mais significativos serão os resultados do trabalho do grupo.
Ao fazer o balanço do Brasil no comando do G20, Lula disse que o grupo fez uma chamada para reformas que tornem a governança mais efetiva.
O Brasil, disse Lula, lançou um roteiro para tornar os bancos multilaterais e de desenvolvimento “maiores, melhores e mais eficazes”, além de um grupo de trabalho para o empoderamento das mulheres. O governo brasileiro ainda propôs a promoção da igualdade racial como o 18º objetivo do desenvolvimento sustentável.
Na área energética, o Brasil alcançou o compromisso de triplicar a capacidade global de energia renovável até 2030, disse Lula. “Criamos uma coalizão para a produção local e regional de vacinas e medicamentos.”
O Brasil se tornou presidente rotativo do G20 em 1º de dezembro do ano passado. A cerimônia desta terça-feira é simbólica para a “troca de bastão” da presidência do Brasil para a África do Sul. Oficialmente, o país africano se torna o presidente no dia 1º do próximo mês, desenvolvendo reuniões ao longo de 2025.
Desta forma, a Troyka também é alterada. Sai a Índia, anfitriã do evento em 2023, e passa a integrar o trio, com Brasil e África do Sul, os Estados Unidos, que vão coordenar o evento em 2026.