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Dívida pública federal cai 1,25% e fecha setembro em R$ 6,948 trilhões, aponta Tesouro

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) caiu 1,25% em setembro e fechou o mês em R$ 6,948 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 31, pelo Tesouro Nacional. Em agosto, o estoque estava em R$ 7,036 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 40,11 bilhões no mês passado, enquanto houve um resgate líquido de R$ 127,91 bilhões.

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve queda de 1,13% em setembro e fechou o mês em R$ 6,640 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 3,71% menor no mês, somando R$ 307,34 bilhões ao fim de setembro.

Parcela da DPF corrigida pela Selic

A parcela de títulos da Dívida Pública Federal (DPF) atrelados à Selic, que está em 10,75 a.a., caiu em setembro, para 45,33%. Em agosto, estava em 46,85%. Já os papéis prefixados subiram, indo de 22,20% para 23,01%.

Os títulos remunerados pela inflação também aumentaram, para 27,25% do estoque da DPF em setembro, ante 26,43% em agosto. Os papéis cambiais oscilaram a participação na DPF de 4,52% para 4,41% no mês passado.

O Tesouro Nacional anunciou em setembro uma alteração no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2024 para acomodar um aumento da participação de títulos atrelados à Selic na composição total da DPF. Esperava-se que, neste ano, esses papéis atingissem participação de 40% a 44%, mas agora poderão ficar entre 43% e 47% até o fim de 2024.

O órgão reduziu ainda os intervalos de participação dos títulos prefixados e das Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B), que são títulos com rentabilidade atrelada à inflação. O novo limite determinado para os prefixados (LTN e NTN-F) será de 22% a 26%, ante a variação entre 24% e 28% prevista no plano inicial. Já os títulos corrigidos pelo índice de preços terão participação entre 25% e 29% do estoque. Na projeção inicial, esses papéis deveriam variar entre 27% a 31% até o fim do ano.

Para os títulos atrelados ao câmbio, o Tesouro manteve o intervalo de participação entre 3% e 7%. O órgão também não alterou o prazo médio, que deve ficar entre 3,8 e 4,2 anos, e preservou o intervalo para os títulos com prazo vencendo em 12 meses entre 17% e 21%. Do mesmo modo, o estoque da DPF deve continuar entre R$ 7,0 trilhões e R$ 7,4 trilhões.

No relatório de hoje, o Tesouro informou ainda que parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou aumento, passando de 17,69% em agosto para 17,84% em setembro. O prazo médio da dívida teve alta de 4,11 anos para 4,18 anos, na mesma comparação. Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF caiu 11,08% ao ano para 10,80% a.a. no mês passado.

Pelo segundo mês consecutivo, o Relatório Mensal da Dívida Pública (RMD) não apresentou informações sobre o perfil dos detentores da dívida pública nem dados referentes à reserva de liquidez – o chamado “colchão da dívida” -, devido à greve dos servidores do órgão.

Estadão Conteudo

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