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CCR arremata lote de rodovias rota Sorocabana com oferta de R$ 1,6 bi

O Grupo CCR arrematou nesta quarta-feira, 30, a concessão do Lote rodoviário da Rota Sorocabana, com oferta de outorga fixa de R$ 1,601 bilhão, ágio de 267.835% em relação ao valor mínimo de R$ 597,5 mil.

A Rota Sorocabana é uma malha de rodovias de 460 quilômetros na região sudoeste do Estado. Com investimentos previstos de R$ 8,8 bilhões, é o maior entre os cinco certames dentro do que o governo vem chamando de “maratona de leilões”, que serão realizados até o fim de novembro, com investimentos totais previstos de quase R$ 20 bilhões.

A concessionária saiu vencedora após disputa acirrada com a EcoRodovias, em pregão na B3, ontem em São Paulo. O Grupo CCR lidera o ranking de rodovias estaduais paulistas concedidas, com mais de 1,38 mil quilômetros de vias administradas no Estado por cinco empresas do grupo.

Pátria e EPR também participaram do leilão, ofertando R$ 1,09 bilhão e R$ 864 milhões, respectivamente. Contudo, não foram classificadas para a segunda etapa, já que as propostas eram menores do que as cifras iniciais apresentadas pela CCR (R$ 1,450 bilhão) e pela EcoRodovias (R$ 1,380 bilhão). O edital previa que apenas as duas primeiras colocadas participariam do viva-voz – modalidade de leilão em que as ofertas são feitas verbalmente.

O lote concedido engloba trechos rurais operados atualmente pela ViaOeste, empresa do Grupo CCR, e rodovias sob gestão do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP). “A Rota Sorocabana é um ativo extremamente estratégico para nós. Temos conhecimento de causa, porque operamos a concessão desde 2005”, destacou o CEO da CCR, Eduardo Camargo.

A malha compreende 12 rodovias e corta 17 cidades. O tráfego anual no trecho a ser concedido é de 311 milhões de veículos, segundo o DER-SP. O projeto prevê 94 quilômetros de duplicação de rodovias e 197,5 quilômetros de faixas adicionais, simples e duplas, assim como a implementação de pedágio eletrônico “free flow”, sem cabine de cobrança. Há previsão também de novas passarelas, acostamentos e pontos de ônibus nas marginais da rodovia, segundo o governo do Estado. A expectativa é de que as obras gerem mais de 10,2 mil empregos diretos e indiretos.

‘Maratona de leilões’

A “maratona de leilões” do governo estadual teve início na terça-feira, com a licitação de uma parceria público-privada (PPP) para o chamado Lote Oeste da construção e operação dos serviços não pedagógicos de 17 novas escolas no interior de São Paulo. O Consórcio Novas Escolas Oeste SP venceu a disputa, com a proposta de receber R$ 11,9 milhões por mês do governo, o menor valor para a prestação dos serviços. O montante representou deságio de 21,43% sobre o valor máximo de contraprestação pública proposto pelo governo, de R$ 15,2 milhões mensais.

Nesta sexta, 1º, irá a leilão na B3 a concessão dos serviços públicos da nova loteria estadual. De acordo com a Secretaria de Parcerias em Investimentos, a concessão contempla a criação de produtos lotéricos. O projeto prevê 31 unidades exclusivas e estima mais de 11 mil pontos de exploração não exclusivos em todo o Estado. A vencedora do leilão poderá explorar o serviço de maneira física ou virtual.

Estão previstos, nesse caso, R$ 332,7 milhões em investimentos, com o pagamento de uma outorga variável prevista em R$ 3,4 bilhões, em um prazo de concessão de 15 anos. O lance mínimo é de R$ 260,7 milhões.

A segunda parte da PPP para construção e operação de serviços não pedagógicos de escolas será realizada na próxima segunda-feira. A concessão prevê a construção de 16 unidades escolares, com 476 salas de aula e 17,6 mil vagas. O investimento previsto é de R$ 1,1 bilhão. A licitação prevê pagamento mensal de R$ 14,9 milhões do Estado ao vencedor.

Também no setor rodoviário, o governo paulista vai leiloar o trecho da Nova Raposo no dia 28 de novembro, com previsão de R$ 7,9 bilhões em investimentos. Serão concedidos 92 quilômetros de trechos de vias operadas atualmente pela ViaOeste e estradas sob gestão do DER-SP. O prazo de concessão é de 30 anos, e o leilão terá pagamento de uma outorga fixa de R$ 4,6 milhões. A concessão inclui três rodovias: SP-280, SP-270, SP-029, além do trecho municipal entre os municípios de Cotia e Embu das Artes.

Estadão Conteudo

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