O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) caiu 3 pontos em outubro em relação a setembro, para 104,8 pontos, após subir no mês passado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 31. O patamar ainda é considerado uma incerteza moderada, segundo a FGV. Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador caiu 1,8 ponto, para 106,8 pontos.
“Em outubro, o Indicador de Incerteza Econômica mantém a trajetória de queda iniciada em junho. O resultado parece refletir o desempenho acima do esperado da economia brasileira no segundo trimestre e uma expectativa favorável, ao longo da maior parte do mês, quanto à possibilidade de ajustes necessários para sustentar o crescimento econômico e atender às metas fiscais”, avaliou em nota a economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Anna Carolina Gouveia.
Ela destacou que a queda do indicador ocorreu nos seus dois componentes, com destaque para o componente de Expectativas, que recuou após cinco meses de alta. “A manutenção do IIE-Br em região moderada dependerá da continuidade de resultados favoráveis na economia e da sinalização de uma política fiscal clara e consistente nos próximos meses”, afirmou.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
O componente de Mídia do IIE-Br recuou 2,0 pontos em outubro, para 104,0 pontos, o menor nível desde julho do ano passado (101,9 pontos), contribuindo negativamente com 1,7 ponto para a queda do índice agregado. O componente de Expectativas, por sua vez, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, interrompeu a sequência de cinco altas seguidas e recuou 5,3 pontos no mês. O indicador registrou, em outubro, 106,2 pontos e sua queda contribui negativamente com 1,3 ponto para o resultado do IIE-Br no mês.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.